A
Justiça do Rio de Janeiro aceitou nesta quinta-feira (17) a denúncia contra o
empresário Thor Batista, 20, filho do bilionário Eike Batista, e agora ele vai
responder por homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte do ciclista
Wanderson Pereira dos Santos, 30, na rodovia Washington Luis, na altura de
Xerém, Baixada Fluminense, em 17 de março deste ano.
A
juíza da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Daniela Barbosa Assumpção de
Souza, também suspendeu a carteira de habilitação do acusado por um ano para
“garantir a ordem pública”.
O
Ministério Público do Rio denunciou Thor à Justiça ontem. Caso condenado, o
empresário poderá cumprir de 2 a 4 anos de prisão em regime semiaberto ou
aberto. A denúncia foi assinada pelo promotor Marcus Edoardo de
Sá Earp Siqueira, da 6ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de
Duque de Caxias.
Os
advogados de Thor afirmaram em nota divulgada na noite de quarta-feira (16)
que, apesar de não terem tido acesso à denúncia do Ministério Público,
consideram que o processo penal contra o jovem é um equívoco. Os
defensores Marcio Thomaz Bastos e Celso Vilardi afirmam ainda que
"comprovarão a inocência de Thor".
Santos
foi atropelado por Thor e morreu na hora. O filho de Eike dirigia sua
Mercedes-Benz SLR McLaren a 135 km/h, segundo perícia da Polícia Civil. A
velocidade máxima permitida na via é de 110 km/h.
Os advogados de Thor contestam a perícia e alegam que,segundo laudo particular, o carro estava trafegando com velocidade entre 87,1 km/h e 104,4 km/h.