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Pesquisa
divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde revela uma queda de 87%
no número de casos graves de dengue registrados no país nos quatro primeiros
meses do ano – foram 8.630 em 2011 contra 1.083 em 2012.
De acordo com o estudo, o número de mortes provocadas pela doença também caiu
durante o mesmo período, passando de 374 em 2011 para 74 em 2012. Houve redução
de 80%.
Ao todo, 286.011 casos de dengue foram notificados em todo o país entre janeiro
e abril deste ano, o que representa uma queda de 44% em relação ao total
registrado nos quatro primeiros meses de 2011 (507.798 casos).
O levantamento mostra que dez estados concentram 81,6% dos casos notificados em
2012 – Rio de Janeiro (80.160), Bahia (28.154) e Pernambuco (27.393) lideram o
ranking. Já os municípios com o maior número de casos são Rio de Janeiro
(64.675), Fortaleza (10.156) e Recife (6.343).
Considerando a incidência da dengue (proporção de caso para cada 100 mil
habitantes), as três cidades com as maiores taxas no país são Palmas (2.494,7),
Itabuna (1.445,3) e Rio de Janeiro (1.045,4).
O estudo mostra que todos os quatro tipos de dengue permanecem em circulação no
país, sendo que, nos quatro primeiros meses deste ano, os tipos 1 e 4 foram os
mais comuns, com 59,3% e 36,4% de um total de 2.098 amostras positivas.
A distribuição dos subtipos, entretanto, apresenta variações de acordo com a
localidade. No Norte, houve predominância do tipo 4 (85,5%). Nas regiões Sul
(83,8%) e na Nordeste (81,5%). Já no Centro-Oeste, a circulação desse tipo de
vírus ficou em 53,3% e no Sudeste, 49,7%.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que o verão
constitui o período em que ocorre mais transmissão de dengue no Brasil. Segundo
ele, 95% dos casos da doença são registrados no primeiro semestre do ano.
“Foi anunciado, no ano passado, que uma das nossas prioridades era reduzir os
casos graves e os óbitos. Uma série de medidas foi adotada”, disse, ao citar o
repasse de R$ 92 milhões para 1.158 municípios como adicional de 20% aos
recursos regulares. “A gente vê que isso tem impacto”, completou.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a estratégia de combate à dengue
por meio do controle do mosquito é ultrapassada. Segundo ele, o novo enfoque da
pasta está na integração de ações de cuidado à saúde, como redução do tempo de
espera para diagnóstico e início do tratamento.
“Essa tendência [de queda dos números] não pode ser justificativa para
retirarmos a frota de campo. Ela só reforça a necessidade de continuarmos com
as ações”, ressaltou. Segundo Padilha, o Brasil vai manter os investimentos
também na criação de uma vacina contra a dengue. Atualmente, três estudos estão
em andamento no país.
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