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A
pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada nesta quarta-feira (9) pelo
Ministério da Saúde, revelou que 5,6% da população adulta brasileira tem
diagnóstico de diabetes. O número é menor que o do ano passado, quando a
proporção foi de 6,3%.
A
doença crônica não transmissível é responsável por 72% das mortes no Brasil.
Sedentarismo, excesso de peso, alimentação inadequada e tabagismo são algumas
das causas da doença.
Mais
mulheres
Em
homens, o percentual subiu de 4,4%, em 2006, para 5,2%, em 2011. Apesar do
aumento, a prevalência de homens que informam ter a doença continua sendo
inferior a das mulheres (6%).
O
levantamento, divulgado anualmente pelo Ministério, traz um diagnóstico da
saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população,
como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade
física. A pesquisa coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no
Distrito Federal e contou com mais de 54 mil pessoas, entrevistadas em 2011.
A
pesquisa revelou que o diabetes é mais comum na população mais velha: 21,6% das
pessoas com mais de 65 anos apresenta o diagnóstico. O índice na faixa de 55 a
64 anos é de 15,2% e diminui para 0,6% entre 18 e 24 anos.
O
diabetes também está mais presente entre os que estudam menos. Segundo o
levantamento, 7,5% dos que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a
doença, enquanto apenas 3,7% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo
declaram ser diabéticos.
Capitais
A
cidade de Fortaleza (CE) aparece como a capital com o maior percentual de
diabéticos, com 7,3%, seguida por Vitória (ES), com 7,1%, e Porto Alegre (RS),
com 6,3%. As capitais com os menores índices são Palmas (TO), com 2,7%, Goiânia
(GO), com 4,1%, e Manaus (AM), com 4,2%.
O
ministro da Saúde Alexandre Padilha ressaltou, ainda, que os números da doença
no Brasil são menores se comparados com outros países, como Chile (6,3%),
Argentina (9,6%) e Estados Unidos (8,7%).
O
ministério também informou que o número de internações por diabetes no Sistema
Único de Saúde (SUS) aumentou 10% entre 2008 e 2011, passando de 131.734 para
145.869. Entretanto, houve queda na comparação com 2010, quando as internações
totalizaram 148.452.
Em
2009, foram notificadas 52.104 mortes pela doença em todo o país. No ano
seguinte, as mortes aumentaram para 54.542. “O grande problema das doenças
crônicas é que elas agregam sofrimento, incapacidades e custos cada vez maiores
para o sistema público”, acrescentou Déborah.
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a oferta gratuita de
medicamentos para combater o diabetes, iniciada no ano passado, ampliou em mais
de 1 milhão o número de pessoas que utilizam o remédio.
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