Hopi Hari assina acordo por mais segurança

O Hopi Hari assinou, nesta quarta-feira, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPT (Ministério Público do Trabalho) para que o parque resolva os problemas de segurança do público e dos funcionários. A audiência durou mais de sete horas. 

Entre as irregularidades apontadas pelo MPT está o treinamento precário de funcionário, a jornada excessiva de trabalho, a distribuição errada de funcionários no espaço do parque e um plano irregular de bonificação. O descumprimento de cada item pode gerar multas de R$ 6 mil a R$ 450 mil.

Na semana passada, a polícia informou que vai indiciar por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) funcionários e diretores do parque de diversões, após a morte de uma adolescente, em fevereiro. Gabriela Nichimura, de 14 anos, caiu de uma altura de 70 metros, depois que a trava do brinquedo "Torre Eiffel" se desprendeu.

O equipamento estava desativado havia dez anos e não possuía placas sinalizando a interdição. Nesta segunda-feira, a polícia concluiu a fase de interrogatório após ouvir 20 testemunhas; o inquérito deverá ser finalizado em duas semanas.

Segundo o delegado Álvaro Santucci, a família da vítima possui fotos que mostram a menina sentada na cadeira que não poderia funcionar. Além das imagens, ele aguarda o laudo da perícia para concluir o inquérito.

Sistema de segurança

No mês passado, o MPT (Ministério Público do Trabalho) revelou que um técnico de manutenção do Hopi Hari mexeu no dispositivo de segurança da cadeira do brinquedo Torre Eiffel antes do acidente que matou, em fevereiro, a estudante Gabriella.

Segundo o órgão, esse pode ser um dos motivos para que a trava da menina estivesse aberta no dia do acidente. Nessa terça, o MPT também afirmou que cinco pontos seriam falhos na relação entre o parque de diversões Hopi Hari e os funcionários. Despreparo dos trabalhadores pode ter contribuído para o acidente que matou a menina Gabriella Nichimura, de apenas 14 anos, em fevereiro.