A
divulgação da foto de um homem preso na semana passada, em Belo Horizonte (MG),
acusado de ter estuprado uma menina de 11 anos que o reconheceu 15 anos depois,
fez com que mais doze mulheres procurassem a polícia e o identificassem como
autor de violência sexual contra elas.
Diante
do número, que, segundo a polícia, pode crescer, foi anunciada a criação de uma
força-tarefa para investigar as acusações contra Pedro Guimarães, 56. De acordo
com a delegada Margaret Rocha, chefe da divisão de crimes contra a Mulher, o
Idoso e Portador de Deficiência, Guimarães teria confessado o estupro de três
mulheres, entre elas, a que o denunciou.
Ainda
conforme a delegada, o suspeito tinha predileção por crianças e adolescentes.
Ele as atacava no momento em que entravam em prédios onde moravam e, por
descuido, não notavam a presença do suspeito.
“Ele
se aproveitava do descuido dessas garotas ao entrarem nos prédios onde
residiam. Ele entrava juntamente com elas e as levava para a garagem do local,
ou para escadas. Sob a ameaça de arma de fogo, praticava o abuso sexual”, disse
a policial. Ainda conforme a delegada, o suspeito teria confessado a prática
dos ataques sexuais desde 1992, em bairros de Belo Horizonte.
Força-tarefa
A
delegada afirmou ter sido criada uma força-tarefa, composta por outra delegada,
escrivães e policiais civis, que vai ter a incumbência de ouvir as mulheres e
investigar os casos. “Devido à quantidade vítimas, a procedimentos e
diligências que precisam ser feitos, nós montamos essa força-tarefa”, disse.
Ainda
conforme ela, um mandado de busca e apreensão foi realizado no apartamento onde
o suspeito residia, mas o resultado não foi divulgado por enquanto. A delegada
disse que o suspeito não roubava pertences das vítimas. “O intuito dele era
somente praticar o crime sexual”, afirmou.
Reconhecido
pela vítima
De
acordo com a polícia, na última quarta-feira (28) Guimarães, que atualmente
afirmou estar desempregado, foi reconhecido pela vítima, hoje com 25 anos e a
profissão de fisioterapeuta, em uma rua do bairro Anchieta, região centro-sul
de Belo Horizonte.
A
mulher seguiu o suspeito até o prédio onde morava e acionou a polícia em
seguida.