Continua após os destaques >>
Os
jovens estão procurando, cada vez mais, financiamentos. Entre os produtos mais
procurados estão celulares, carros e motos. Mas esse apetite para o consumo
está engordando os cadastros de inadimplentes.
Pesquisa da Serasa Experian mostra que a participação de consumidores com idade
entre 18 e 25 anos na demanda de crédito no Brasil corresponde a 18%. É o maior
percentual desde 2008, quando o levantamento teve início. Em 2010, a fatia
havia sido de 14,3%.
Entre janeiro e fevereiro de 2012, no entanto, o percentual de jovens entre 18
e 24 anos entre os inadimplentes saltou de 11,76% para 16,15%, segundo o SPC
(Serviço de Proteção ao Crédito).
“O jovem é despreparado para esse mercado de crédito abundante. Como, em geral,
não tem comprovante de renda, ele recorre ao crédito fácil, como o cartão e o
cheque especial. que cobram os maiores juros”, diz Marcelo Maron, consultor de
finanças.
Os riscos são grandes: um smartphone que custa R$ 2 mil, comprado no cartão de
crédito, pode se transformar numa dívida de R$ 120 mil se for rolada durante
três anos.
Maron acrescenta que o jovem pode ainda ter dificuldade para obter um
emprego. “Embora ainda ilegal, a consulta de cadastro para contratação já conta
com jurisprudência favorável em tribunal superior.”
De uma forma geral, especialistas recomendam que o consumidor não comprometa
mais de 30% do orçamento com prestações.
No caso do jovem, Maron aconselha que ele faça uma avaliação dos gastos fixos,
como despesas com moradia e faculdade, para saber quanto consegue destinar às
parcelas do financiamento. “E é fundamental reservar uma parte para
investimentos como poupança.”
Para quem está envidado, o ideal é negociar imediatamente o débito. “Ele deve
dar prioridade ao cheque sem fundo, pois pode ser processado, seguido pelo
cartão de crédito que cobra juros elevados”.
Destaques >>
Leia mais notícias em andravirtual
Curta nossa página no Facebook
Siga no Instagram