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A
Polícia Civil de São Paulo apreendeu nesta quarta-feira, em um condomínio em
Araçatuba, no interior do Estado, um arsenal avaliado em mais de R$ 1 milhão
por peritos do Instituto de Criminalística (IC). Segundo a Secretaria de
Segurança Pública (SSP), foram apreendidas dezenas de fuzis,
metralhadoras, espingardas, pistolas e revólveres de várias marcas e calibres,
além de silenciadores, lunetas, algemas, coletes balísticos, centenas de
munições, de uso restrito e irrestrito capazes até de derrubar aeronaves, e
milhares de acessórios para recarga de munições, manutenção e montagem de
armas.
Segundo
a polícia, o dono da casa, que tem credencial de colecionador do Exército, está
foragido – sua mulher estava na residência, e foi presa em flagrante. Apesar da
credencial de colecionador, as armas apresentavam várias irregularidades. “A
mais grave era a posse de pinos para adulterar a numeração das armas”, disse o
delegado Carlos Henrique Cotait, coordenador do Centro de Inteligência Policial
da Seccional de Araçatuba.
A
suspeita do delegado é que o homem, que foi indiciado e terá sua prisão
preventiva solicitada, “traficava armas do exterior, inseria uma numeração e
depois comprava um documento para legalizá-la e revendê-la”. Foi uma denúncia
anônima que levou os investigadores até a residência.
Armas
e acessórios
De
acordo com a SSP, o local funcionava como um depósito de armas, com dezenas de
fuzis, metralhadoras, espingardas, rifles, pistolas, revólveres, lunetas de
longo alcance, silenciadores, algemas, coletes balísticos, centenas de caixas
de munições, de uso restrito e irrestrito, e milhares de peças e acessórios
para montagem, limpeza, recarga de cartuchos e equipamentos para modificar e
adulterar armas. Havia três silenciadores, um deles acoplado a uma metralhadora
calibre 22, e 14 lunetas de longo alcance – não permitidos pela credencial
fornecida pelo Exército.
Na
laje do telhado os policiais encontraram uma caixa de cartuchos calibre .50,
que derruba até aeronaves, o que também é proibido. Além disso, todas as armas
estavam montadas e muitas municiadas, o que é proibido para colecionadores.
Também não é permitido que mantenham munição real, principalmente nos calibres
restritos, como .45, .40, 357, 9 mm e 223 – este último, para fuzil.
“Nem todas as armas estavam regularizadas e outras foram modificadas, como uma metralhadora calibre 45 que ele tinha adaptado um silenciador”, continuou o delegado. Entre as armas havia três fuzis – com mira telescópica e silenciador –, quatro metralhadores – duas com silenciador –, dezenas de espingardas, escopetas, revólveres e pistolas, de marcas nacionais e estrangeiras.
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