Goiás
deve ser o maior produtor de carne do país em no máximo cinco anos. A previsão
é da Fundação Getulio Vargas (FGV) e foi divulgada durante uma mesa-redonda
realizada pelo jornal O Popular, em parceria com a Federação de Agricultura e
Pecuária de Goiás (Faeg), na quarta-feira (14), em Goiânia.
Os
grandes frigoríficos e confinamentos instalados no estado são os responsáveis
por esse crescimento. O pesquisador da FGV Mauro Lopes explica que a
grande infraestrutura dessas empresas é responsáveel por essa mudança de
posicionamento no mercado. “Elas estão em um padrão de competitividade mundial.
Abatem mais de mil cabeças por dia”, comenta.
Campo
Sete entre os dez dos maiores municípios de Goiás têm como fonte de
riqueza o campo. Eles representam 84% da renda gerada pelo agronegócio. O
índice é superior à média nacional, que é de 78%. Os números são da Secretaria
de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan), e serviram de base para uma
análise feita pela FGV.
O
presidente da Faeg, José Mário Schereiner, calcula que o estado tem fôlego para
crescer mais. “Eu acredito muito em um crescimento de 5% a 6% para esta safra
para Goiás. Nós dependemos muito da China para mantermos o nosso
ritmo de exportações. Portanto, é importante que a China mantenha o seu
crescimento para que possamos manter o nosso no mercado externo”, analisa.
Os
números mostram também uma preocupação com os pequenos agricultores. A ideia é
criar oportunidades para que os produtores das classes C e D possam acompanhar
esse crescimento.
O município de São Simão tem o 10º melhor Produto Interno Bruto (PIB) em Goiás. O prefeito da cidade, Francisco Assis Peixoto, quer ajuda do governo para incentivar a pesca. “A região de São Simão tem o Lago Azul, que poderia ser transformada em um assentamento aquífero. Penso eu que o governo federal não teria tanto o que gastar com compras de terra e ele estaria qualificando essas pessoas.