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Alarmados
com as estatísticas – a cada ano morrem 40 mil pessoas nas ruas e estradas do
país –, os brasileiros querem punições mais rigorosas para motoristas que
provocam acidentes com vítimas.
Pesquisa
realizada pela Câmara dos Deputados, que discute mudanças na legislação, aponta
que 62% da população quer penas mais severas para quem dirige sob o efeito do
álcool ou de forma imprudente, inclusive com o pagamento de indenizações às
vítimas de acidentes de trânsito e suas famílias.
Além
disso, 26,48% das 1.263 pessoas ouvidas no levantamento defendem que os
motoristas que se recusarem a fazer o teste do bafômetro devem ser presos por
embriaguez ao volante, sem a necessidade de teste clínico. Para 23,67%, a lei
precisa estabelecer uma definição melhor do que é embriaguez.
Atualmente,
motoristas flagrados com até 0,33 miligramas de álcool por litro de ar expelido
pagam multa de R$ 957 e recebem 7 pontos na CNH (Carteira Nacional de
Habilitação), mas não são presos. Acima deste limite o condutor é detido e
processado criminalmente.
A
cada ano, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) gasta em média R$ 8
bilhões com as despesas decorrentes das 146 mil internações causadas por
acidentes de trânsito.
No
ano passado, o Senado aprovou a lei que torna crime dirigir com qualquer
concentração de álcool no sangue, mas a medida ainda precisa ser aprovada pela
Câmara dos Deputados.
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