Schumacher assume culpa por acidente com Senna

No
GP da França de 1992, circuito de Magny Cours, Michael Schumacher, então um
piloto novato, bateu no carro do tricampeão mundial Ayrton Senna durante uma
curva, tirando os dois da corrida. Depois do acidente, o piloto brasileiro foi
ter uma conversa reservada com o alemão, mas o teor da discussão nunca veio à
tona. Vinte anos e sete títulos mundiais depois, Schumacher resolveu que era a
hora de assumir a culpa pelo acidente, e revelou o que Senna lhe disse após a
colisão.
“A culpa pelo que aconteceu ali foi minha. Como já tínhamos tido algumas
discussões no início daquele ano, e eu havia reclamado não só para ele, mas
também para a mídia, o principal motivo de ele ter vindo falar comigo foi para
pedir que, se tivéssemos algum problema no futuro, deveríamos conversar
pessoalmente, e não reclamar para a imprensa. E ele estava certo: nem tudo
pertence à mídia”, revelou Schumacher.
O caso foi lembrado pelo alemão durante a campanha "Senna tri. Uma
conquista inspira a outra", realizada pelo Instituto Ayrton Senna.
Schumacher respondeu a perguntas de internautas, enviadas por meio de redes
sociais, sobre como foi o convívio com Senna durante seus anos juntos na
Fórmula 1.Além do alemão, o piloto Lewis Hamilton também participou do projeto,
que celebra o tricampeonato do piloto brasileiro e destaca a atuação do
Instituto Ayrton Senna no país.
Em resposta a outro internauta, o alemão ressaltou que observar o estilo de
pilotagem de Senna o ajudou muito no início da carreira.
“Certamente, uma das coisas mais importantes é observar os pilotos,
principalmente os melhores, e o Ayrton, sem dúvida, era um deles. Observar seu
estilo de pilotar era muito especial, mesmo antes de eu chegar à Fórmula 1, nos
velhos tempos. Porque a forma como ele usava o acelerador era muito especial, e
eu aprendi muito sobre a maneira de se adaptar a qualquer circunstância, a
qualquer momento. Ayrton era mestre nisso e, sem dúvida alguma, observar isso
me ajudou muito”, concluiu.