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Dezenas
de pessoas morreram e milhares ficaram feridas em uma invasão de campo na
cidade de Port Said, no nordeste do Egito, nesta quarta-feira. O tumulto
aconteceu após a vitória do Al-Masry por 3 a 1 sobre o Al-Ahly, invicto
até então. A agência estatal de notícias do Egito informa que já foram
registrados 73 mortos e milhares de feridos.
“Há
11 mortos no meu hospital. Dois outros hospitais têm 25 mortos. Três outros
torcedores morreram no estádio”, disse Medhat El-Esnawy, diretor do hospital
El-Amiry, de Port Said, em entrevista à televisão local. “Uns morreram no
tumulto, outros morreram sufocados”, completou.
Este
é o pior tragédia da história do futebol egípcio e o maior do futebol mundial
em 16 anos. O último incidente dessa magnitude registrado num campo de futebol
foi na partida entre Guatemala e Costa Rica, em outubro de 1996, pelas
eliminatórias da Copa do Mundo de 1998. Na ocasião, 78 pessoas morreram e 180
ficaram feridas.
O
presidente da federação egípcia de futebol, Samir Zaher, anunciou que o campeonato
está suspenso por tempo indeterminado. A procuradoria geral de justiça do Egito
ordenou abertura de investigação imediata.
Jogadores
do Al-Ahly atacados
Os torcedores invadiram o campo e atacaram principalmente os homens que faziam
a segurança do jogo. Torcedores rivais, jogadores e membros da comissão técnica
do Al-Ahly também foram alvo e tiveram que correr para sobreviver. Segundo
alguns relatos, jogadores do time visitante trancaram-se no vestiário para
fugir do tumulto.
“As
forças de segurança nos abandonaram, não nos protegeram. Um torcedor morreu no
vestiário bem à minha frente", disse o veterano meia Aboutrika, um
dos maiores ídolos do futebol egípcio. "Pessoas morreram, estamos vendo
cadáveres agora. Não há forças de segurança nem exército para nos proteger
agora", reforçou o meia Barakat.
A
força aérea local informou, posteriomente, que faria o resgate aéreo da
delegação do Al-Ahly presa no estádio após o tumulto.
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