Léo vai mesmo reestrear na noite desta quinta-feira contra o São Caetano na Vila Belmiro, com a missão especial de ajudar afastar a pressão que o técnico Márcio Fernandes passou a sofrer depois do empate por 1 a 1 com o Mirassol, em casa, e da derrota por 2 a 0 diante do Ituano, domingo passado, em Itu. Depois de participar do coletivo desta terça à tarde, no CT Rei Pelé, ele repetiu que ainda não está em forma e defendeu a permanência do técnico.
"Fui embora, voltei e continua esse desespero. O trabalho de Márcio Fernandes é excelente. Foi só uma derrota e seria prematuro fazer qualquer coisa", analisou o lateral-esquerdo. Ele revelou que teve uma conversa com a comissão técnica e mostrou que seria mais difícil estrear contra o Palmeiras, domingo, no Palestra Itália, ainda sem conhecer os companheiros.
O torcedor que for à Vila Belmiro na quinta à noite vai ver um Léo diferente, mais preocupado em guardar posição, em razão da transformação pela qual passou para se adaptar ao futebol europeu. Mesmo assim, ele garante e promete aparecer no ataque sempre que surgir uma boa oportunidade.
"Quero, nessa volta, mostrar um pouco do Léo que foi embora em 2005. Estou tranquilo e vou procurar ajudar o grupo. Vou dar o meu melhor enquanto aguentar", afirmou.
Léo explicou que o coletivo de terça foi para que Márcio mostrasse aos laterais como quer que eles joguem na quinta. "Não podemos descuidar porque o São Caetano é um time experiente e vai procurar explorar os nossos erros", acrescentou.
Ele também disse que, apesar de ser ídolo da torcida em razão da conquista dos títulos do Campeonato Brasileiro de 2002 e 2004 e ter sido contratado pelo presidente Marcelo Teixeira, não tem privilégios. "Até onde eu sei, o presidente não é técnico e nem escala o time. Meu único privilégio é voltar a vestir a camisa do Santos".
CARGO EM PERIGO
São fortes os rumores no clube de que Márcio cai se não vencer o São Caetano, quinta à noite, ou o Palmeiras, domingo à tarde, no Palestra. Os comentários são de que o presidente Teixeira teria sido voto vencido quando foi decidida a permanência do treinador para o Campeonato Paulista. E, estranhamente, Teixeira não apresentou nenhum dos 10 reforços contratos pelo clube. Nem mesmo Léo.
Conselheiros próximos ao presidente alegam que os principais jogadores do time do ano passado respeitam mais o auxiliar-técnico Nenê do que Márcio. Um nome que começa a ganhar força na Vila Belmiro é o de Renato Gaúcho, que está desempregado.
Márcio não poderá fazer todas a mudanças que pretendia para o jogo de amanhã à noite. Além da estreia de Léo na lateral-esquerda no lugar de Triguinho, ele pretendia trocar a dupla de zagueiros, mas Domingos foi vetado pelos médicos.
"Tiramos os 15 pontos que ele levou na canela e achamos melhor adiar o sua liberação para domingo porque o local ainda está muito sensível", disse o médico Carlos Braga.
Pressionado, Márcio Fernandes confirma Léo no Santos
Pressionado, Márcio Fernandes confirma Léo no Santos
