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O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, juntamente com representantes da
indústria alimentícia, assinou nesta terça-feira (13) a nova fase do acordo que
prevê a redução gradual de sódio em 16 categorias de alimentos. Nesta etapa,
serão detalhadas as metas para os alimentos que estão entre os mais consumidos
pelo público infanto-juvenil, incluindo sete categorias: batatas fritas e
batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, salgadinhos de
milho, maionese e biscoitos (doces ou salgados).
O
documento define o teor máximo de sódio a cada 100 gramas em alimentos
industrializados. As metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014 e
aprofundadas até 2016.
A
redução do consumo de sódio no Brasil é uma das estratégias do governo federal
para o enfrentamento às doenças crônicas, como hipertensão arterial e doenças
cardiovasculares. "O esforço para mudança de hábito alimentar e o fato das
pessoas terem acesso mais fácil a alimentos saudáveis, com menor quantidade de
sódio, aliado à atividade física, pode ser fundamental para que a gente previna
doenças cardiovasculares, hipertensão e até mesmo alguns tipos de cânceres”,
afirmou Padilha.
Segundo
o ministro, a segunda etapa do acordo reforça o projeto conjunto entre
governo e indústrias para respeitar a recomendação de consumo máximo da
Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de menos de 5 gramas de sal diários
por pessoa, até 2020.
A
hipertensão arterial afeta 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18
anos), de acordo com o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel/2010). Já as doenças
cardiovasculares foram responsáveis por 319 mil óbitos em todo o país, em 2009.
Hábito
do brasileiro
De
acordo com dados do IBGE, o consumo individual de sal, apenas nos domicílios
brasileiros, foi de 9,6 gramas diários, enquanto o consumo total foi estimado
em aproximadamente 12 g diários, o que representa mais do que o dobro do
recomendado pela OMS. Esta pesquisa revelou, ainda, que mais de 70% dos brasileiros
consomem mais do que 5 g de sal ao dia (o equivalente a quatro colheres rasas
de café), chegando este percentual a mais de 90%, no caso de adolescentes de 14
a 18 anos e adultos da zona urbana.
Os
adolescentes brasileiros apresentaram consumo muito mais elevado de alimentos
como salgadinhos (sete vezes maior), biscoitos recheados (perto de quatro vezes
maior), biscoitos doces (mais de 2,5 vezes maior) e biscoitos salgados (50%
maior) em relação aos adultos.
O
acordo firmado pelo Ministério da Saúde inclui a Associação Brasileira das
Indústrias de Alimentação (Abia), Associação Brasileira das Indústrias de
Massas Alimentícias (Abima), Associação Brasileira da Indústria do Trigo
(Abitrigo) e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria
(Abip).
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