Os
médicos que cuidam do tratamento de Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram em
entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (12) que o tumor na laringe do
ex-presidente, diagnosticado no final de outubro, reduziu 75% e, portanto, uma
cirurgia está "totalmente" descartada.
Segundo
os médicos, a redução era esperada, mas foi considerada bastante expressiva,
surpreendendo a equipe. “Estamos muito satisfeitos, o tratamento atingiu todos
os objetivos”, disse o médico Paulo Hoff.
Lula
chegou por volta das 7h30 de hoje ao hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para
a terceira e última sessão de quimioterapia. "O presidente fez exames de
imagem, PET (tomografia por emissão de pósitrons), tomografia e ressonância, e
os exames mostraram que houve redução de 75% do tumor. O quadro geral e o
quadro químico é muito bom", disse o chefe da equipe, Roberto Kalil Filho.
Segundo ele, a terceira sessão de quimioterapia começou essa tarde, negando
informações de que a sessão teria sido adiada para amanhã.
De
acordo com a equipe médica, Lula estava apreensivo antes dos exames e ficou aliviado
ao receber os resultados.
Assim
como na primeira sessão de quimioterapia, realizada no último dia 31 de
outubro, e na segunda, realizada no dia 20 de novembro, o ex-presidente deve
passar a noite no hospital para acompanhamento médico e análise dos possíveis
efeitos colaterais comuns em pacientes submetidos ao tratamento.
Lula
será submetido também a sessões de radioterapia entre janeiro e março de 2012.
A expectativa é de que o tratamento esteja concluído em março. "Se existe
um caminho para a cura, passa por esse estado [de redução]. Mas cura é um
diagnóstico retrospectivo", disse o médico Artur Katz.
A
equipe médica também informou que a rouquidão do ex-presidente melhorou. “A
rouquidão diminuiu muito e isso é reflexo da redução do tumor”, disse Paulo
Hoff. O tratamento por radioterapia, entretanto, pode voltar a causar
rouquidão já que costuma inflamar a garganta.
Lula
se antecipou a um dos efeitos colaterais da quimioterapia e cortou o cabelo e a
barba, uma de suas marcas registradas, que ele vinha usando desde os tempos de
sindicalista. Do visual tradicional do ex-presidente, restou apenas o bigode.