O
deputado federal Tiririca teve o maior desafio do mandato na quinta-feira. Na
ausência da petista Fátima Bezerra, coube a ele coordenar a reunião da Comissão
de Educação e Cultura da Câmara – antes mesmo de fazer o primeiro
pronunciamento no plenário da Casa. O tema, ao menos, o deixou à vontade: a
concessão de alvarás municipais para a instalação de circos.
Tiririca começou falando sobre a carreira no circo, iniciada aos oito anos de
idade: “Fui trapezista, malabarista, equilibrista, fiz saltos mortais, fui
mágico e me firmei como palhaço”. O parlamentar, sondado para virar
garoto-propaganda dos museus, contou piadas, fez brincadeiras com os convidados
e disse que pode continuar na política após o primeiro mandato.
“De repente, pode dar uma coisa certa e eu gostar. Não sei. Por enquanto, estou
me adaptando”, afirmou. Tiririca agora garante que sabe o que faz um deputado,
ao contrário de sua propaganda eleitoral: “Eu realmente sei o que um deputado
faz. Trabalha muito e produz pouco. O regime da Casa é engessado. Dentro do
regime é complicado. Hoje estou dando baile, aprendendo para caramba. Mas foi
mais difícil”. Ele admitiu que pensou em desistir do cargo.
Foi o próprio Tiririca quem havia proposto a audiência, devido à burocracia no
meio circense. São exigidos pelas prefeituras 18 documentos para a concessão de
alvará.
"Estou dando baile", diz Tiririca após coordenar sua 1.ª audiência
"Estou dando baile", diz Tiririca após coordenar sua 1.ª audiência
