Empréstimo no caixa tem alto custo

A
possibilidade já oferecida por muitos bancos de tomar crédito no caixa
eletrônico, eliminando os inconvenientes de ir ao banco e negociar com o
gerente, na verdade traz mais custos do que benefícios. Segunda uma avaliação
da Associação de Consumidores Proteste, a taxa média de juros cobrada para
essas operações pode chegar a 10% ao mês – mais do que no cheque especial, que
fechou o mês de novembro com média de 9,55%.
Os menores custos são os da Caixa Econômica, Banco do Brasil e Itaú, que
trabalham com taxas de 5,5% (em média) para essas modalidades. Citibank e
Bradesco se aproximam dos 8%, enquanto Santander e HSBC encostam da marca de
10%, segundo o levantamento.
Além de custar caro, a comodidade traz algumas armadilhas. Nas mensagens que
oferecem o serviço no caixa, Citibank, Itaú, Bradesco e HSBC anunciam um CET
(custo efetivo total) inferior ao verdadeiro.
Outro perigo é a dificuldade para cancelar o empréstimo: a contratação pode ser
feita em qualquer caixa eletrônico, mas para desistir é preciso ir até a
agência em que se abriu a conta. E caso isso não seja feito no mesmo dia, passa
a valer a “liquidação antecipada”, que obriga ao pagamento de juros e taxas pelo
dia em que o empréstimo não foi cancelado.