Desemprego no Brasil em setembro é o menor desde 2002

O
desemprego brasileiro ficou em 6% em setembro, a mesma taxa de agosto, informou
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. É
a menor taxa para o mês desde o início da série histórica, em 2002.
A
população desocupada (1,5 milhão de pessoas) ficou estável em relação ao mês
anterior. Quando comparada com setembro do ano passado, também apresentou
estabilidade.
A
população ocupada, estimada em 22,7 milhões, não apresentou variação
significativa frente a agosto. No confronto com setembro do ano passado,
verificou-se aumento de 1,7%, o que representou um acréscimo de 369 mil
ocupados no intervalo de um ano.
O
rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.607,60) apresentou queda
de 1,8% em comparação com agosto. Frente a setembro do ano passado, o poder de
compra dos ocupados ficou estável.
Pesquisas
diferentes
Diferentes
levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE, por exemplo, são
bem menores que os do Dieese/Seade.
As
divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A
principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem
procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de
trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.
Quem
não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta
como desempregado para o IBGE.
O
Seade/Dieese também consideram o desemprego oculto pelo trabalho precário
(pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à
pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo
desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas
tentou nos últimos 12 meses).