Foto: Agência Brasil
Ao
anunciar no início da noite desta quarta-feira sua saída do Ministério do
Esporte, Orlando Silva disse ter tomado a decisão “consicente” de se afastar do
governo, com o objetivo de se defender das acusações de envolvimento num
esquema de desvios em convênios da pasta com organizações não-governamentais. O
anúncio ocorre mais de oito horas após a saída ser noticiada nesta manhã, pela
coluna Poder Online.
“Eu
decidi sair do governo, para que eu possa defender minha honra, o trabalho do
Ministério do Esporte, o meu governo e o meu partido. Saio com o sentimento de
dever cumprido”, afirmou Orlando Silva, depois de se reunir no Palácio do
Planalto com a presidenta Dilma Rousseff.
De
acordo com o Planalto, posto fica interinamente com o secretário-executivo da pasta,
Waldemar Manoel Silva de Souza (PC do B-RJ), até que um novo ministro seja
nomeado.
Na
entrevista coletiva, Orlando Silva voltou a dizer que não há provas que o
incriminem e reafirmou que aguardará o resultado das investigações oficiais
sobre a crise. "Eu reafirmei para a presidenta que não há nem houve
qualquer prova que me incrimine, fato nenhum que possa comprometer a minha
honra, minha conduta ética", disse Silva. "Manifestei minha revolta
com esse linchamento público que vivi", acrescentou.
Ao
citar os autores da denúncia à revista Vejaque serviu de estopim para a
crise, o policial João Dias Ferreira e o motorista Célio Soares Pereira,
Silva criticou o fato de terem cancelado a ida à Câmara nesta quarta-feira,
para prestar esclarecimentos. "Esses criminosos fugiram do Congresso
Nacional", disse.
Orlando
Silva disse ter sido vítima de uma "agressão vil", "baseada em
mentiras". "E há doze dias nenhuma prova concreta do ataque que sofri
surgiu, nem surgirá."
O ex-ministro do Esporte disse que considera a administração da presidenta Dilma "seu governo" e ressaltou que continuará a defender a gestão da petista. "E defenderei o trabalho do Ministério do Esporte. Não é possível jogar tantas conquistas na lata do lixo."