Divulgação
"Indecente".
Foi assim que o apresentador Celso Portiolli descreveu a um amigo, ontem, a
proposta que o SBT fez para sua renovação de contrato. E "contrato" é
modo de dizer. O novo vínculo que o SBT ofereceu ao apresentador é tão tênue
que nem pode ser chamado de contrato. Quiçá uma parceria. Para começar, não há
regras de duração. A emissora pode decidir romper o contrato no momento que
quiser, assim como ele. Pela proposta, os cerca de R$ 200 mil mensais que
Portiolli recebe hoje caem para zero. Zero. Não há mais salário fixo. A
emissora quer que o apresentador seja "sócio": eles dividem o custo
de produção do programa e a receita publicitária meio a meio.
É
o mesmo esquema já feito com Ratinho e outros apresentadores (exceto Eliana). O
problema é que a produção do "Domingo Legal" é muito cara, e o
mercado publicitário, imprevisível. Portiolli disse a um amigo que não pode
aceitar, pois seu salário já havia sido reduzido na última renovação. Procurado,
ele não foi localizado nesta segunda-feira.
Celso
Portiolli, 44 anos, já foi considerado sucessor de Silvio Santos, a quem sempre
literalmente imitou com devoção. Ele é o último apresentador do SBT a ter
contrato nos moldes antigos, com cláusulas trabalhistas.
O
SBT informou que as negociações devem voltar acontecer esta semana, com o
retorno da diretora artística Daniela Beyruti, que estava na Europa para a
Mipcom. A emissora não confirma informações sobre a redução de salário do
apresentador.