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Há
até alguns anos, um dos principais dramas dos homens mais vaidosos era a ameaça
da perda de cabelos. Mas, hoje em dia, a calvície já não é mais motivo
para preocupações sem excesso: se diagnosticada cedo, pode ser prevenida.
Dois produtos com ações diferentes no organismo podem evitar a queda capilar.
“O minoxidil e a finasterida são produtos consagrados para a alopecia
androgenética, a popular calvície”, diz a dermatologista Denise Steiner,
presidente da SBEC (Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo).
“O minoxidil não tem seu mecanismo de ação totalmente elucidado, mas aumenta o
percentual de cabelos em crescimento. A finasterida age em uma enzima
denominada 5 alfa redutase e impede a formação do DHT, que é o hormônio
responsável pelo afinamento do fio. É muito eficaz e segura.”
Segundo a médica, existe também um terceiro composto, chamado loção de 17 alfa
estradiol, de mecanismo semelhante ao da finasterida. Qualquer um dos
medicamentos só pode ser comercializado com receita médica – cabe ao
dermatologista indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
O minoxidil é de uso externo e não tem efeitos co laterais. Já a finasterida é
ingerida, e, de acordo com estudos recentes, pode causar perda de libido e
impotência sexual.
Implantes
Os tratamentos contra queda são eficientes para quem não quer perder os
fios que ainda tem, mas não fazem o cabelo perdido voltar a nascer.
Para quem já é careca, a melhor opção é recorrer ao implante. A cirurgia
consiste em inserir na área sem cabelos alguns fios retirados de outra região,
sobretudo a nuca. “A melhor opção é quando o homem tem boa área doadora, ou
seja, cabelo grosso na região da nuca”, diz a dermatologista.
Mulheres devem evitar finasterida
A alopecia se manifesta também em mulheres, mas de forma diferente. “Não vemos
mulheres totalmente calvas como os homens. Nelas, o mais comum é que os cabelos
comecem a crescer devagar, diminuindo em força e número, ficando mais finos e
rarefeitos”, explica a dermatologista Christiana Blattner.
O tratamento com finasterida não costuma ser indicado. Já o uso de minoxidil a
2% é aprovado para mulheres com calvície. Em casos mais graves, o implante é
indicado.
Estresse pode levar à queda de cabelos
A principal causa da alopecia é o fator hereditário, mas estudos apontam que
tanto homens quanto mulheres que sofrem de altos índices de estresse tendem a
perder mais cabelos do que as pessoas que levam uma vida mais tranquila
ou dispõem de tempo para relaxar com frequência.
No entanto, o “calvo por estresse” leva uma vantagem em relação ao careca por
hereditariedade: apesar da enorme quantidade de fios que caem, os cabelos
voltam a crescer normalmente.
Os que trazem a alopecia nos genes não possuem a mesma sorte. Raramente voltam
a ver fios nascerem de novo.
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