A
pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado nesta
quinta-feira para traçar o perfil dos migrantes em São Paulo, revelou que entre
os que vieram de diferentes regiões do país para viver na Região Metropolitana,
os cearenses são os que trabalham mais horas.
Segundo o relatório, que levou em consideração a população adulta (30 a 60
anos), 44,4% das pessoas vindas do Ceará têm jornada estendida - acima de 45
horas de trabalho diário. Eles só perdem para os estrangeiros - 58,2% deles
trabalham mais horas por dia.
De acordo com a pesquisa, esse resultado pode estar associado ao grande número
de estrangeiros empregadores e/ou trabalhadores por conta-própria. A tese
também pode justificar o fato de os cearenses trabalharem mais que os outros
migrantes da Grande São Paulo diariamente.
O estudo revela que 22,7% deles são empregadores. Índice superior ao da média
dos outros migrantes, principalmente os de outros Estados nordestinos. Bahia e
Pernambuco possuem 21,5% e 20,6% de trabalhadores por conta própria,
respectivamente.
Desemprego
Com relação à taxa de desemprego aberto, os diferentes grupos de migrantes e os
paulistas apresentaram valores próximos da média da Região Metropolitana,
6,9%.
Exceção feita para estrangeiros e mineiros, que apresentaram taxas menores,
4,3% e 3,3%, respectivamente, e pernambucanos, com aproximadamente 8,0%, um
índice mais alto.
Cearenses são os que trabalham mais horas
Migrantes em São paulo
