Governo descarta fim da meia-entrada na Copa, mas admite álcool

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O
ministro do esporte, Orlando Silva, admitiu nesta segunda-feira que a Copa do
Brasil deverá ter venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Após encontro
com a Fifa em Bruxelas, ele afirmou que não existe uma lei federal brasileira
que impeça isso. Em entrevista coletiva, Orlando Silva descartou que o governo
vá abrir mão da meia-entrada para maiores de 60 anos, o que é previsto no
estatuto do idoso. Os dois pontos estão na lista de demandas da Fifa para
alteração da Lei Geral da Copa.
O
texto final foi enviado para o Congresso Nacional e desagradou a entidade
máxima do futebol. Nesta segunda-feira, dirigentes da entidade máxima do
futebol estiveram reunidos com ministros e com a presidenta Dilma Rousseff. “No
Brasil, a proibição da venda de bebidas alcoólicas está no regulamento de
competições da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Não há, na lei
federal, no nosso entender, uma proibição de venda de bebidas. O que permitiria
que isso acontecesse durante o Mundial”, disse Orlando Silva.
Um dos principais patrocinadores da Fifa e da Copa do Mundo de 2014 é uma a Inbev, dona das marcas Budweiser , Brahma e Skol, entre outras.
O ministro descartou qualquer alteração no texto da Lei Geral da Copa para
suspender o Estatuto do Idoso durante o evento. “Nós informamos à Fifa que não
seria suspensa a legislação sobre esse tema, como de resto não será suspensa a
legislação do país em nenhum aspecto. Um tema ou outro, próprio da Copa do
Mundo, que é um evento especial, com características próprias, nós vamos
estudar o que se aplica a legislação brasileira”, afirmou o ministro.