Crise econômica pode aumentar tensão por terras, diz MST
Crise econômica pode aumentar tensão por terras, diz MST

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A tensão no campo pela reforma agrária deve aumentar nos próximos meses em virtude das demissões ocorridas como reflexo do agravamento da crise econômica mundial no Brasil, afirmou nesta semana Gilmar Mauro, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.
Em meio às comemorações dos 25 anos de criação do movimento, Mauro fez o alerta de que a possível falta de alternativa nos grandes centros pode levar mais pessoas para o campo. “Nesse momento de crise, com as empresas demitindo, se não houver outra alternativa, as pessoas vão buscar terra e, por isso, a tensão deve aumentar e teremos que intensificar o movimento”, disse Mauro .
Após 25 anos de luta pela reforma agrária, Gilmar Mauro acredita que é hora de se avaliar o modelo de reforma que deve ser implantado no país. “Talvez hoje a gente não precise daquela reforma agrária clássica, distributiva, produtivista, mas uma em que se rediscuta a utilização do solo, da água e dos recursos naturais. Cada vez mais o envenenamento do solo e a monocultura tem causado impactos ambientais que talvez sejam irreversíveis."
O coordenador do MST afirmou que o movimento passa por um momento “bem mais fácil” do que o de 1984. "Hoje é mais fácil, já há diálogos abertos com o governo em várias outras instâncias. Mas isso é fruto das lutas. E vamos ter que continuar fazendo isso.”
Para Mauro, o maior presente que o MST poderia receber após duas décadas e meia de luta pela terra seria o próprio fim do movimento. “Para nós e para a sociedade o melhor presente hoje seria o fim do MST em conseqüência da realização da Reforma Agrária”, disse. "Mas, a propriedade da terra continua muito concentrada no nosso país. Entra e sai governo e nem sequer a lei federal que prevê desapropriação de latifúndio e a terra que não cumprissem sua função social foi colocada em prática. Por essa razão, vamos continuar lutando e discutindo com a sociedade o tipo de reforma agrária que a gente precisa”, completou Mauro.
Em comemoração aos 25 anos do movimento, está ocorrendo no Rio Grande do Sul uma festa com a presença de políticos, artistas e representantes de vários movimentos sociais. A expectativa é reunir cerca de 1,5 mil pessoas no município gaúcho de Sarandi.
Em meio às comemorações dos 25 anos de criação do movimento, Mauro fez o alerta de que a possível falta de alternativa nos grandes centros pode levar mais pessoas para o campo. “Nesse momento de crise, com as empresas demitindo, se não houver outra alternativa, as pessoas vão buscar terra e, por isso, a tensão deve aumentar e teremos que intensificar o movimento”, disse Mauro .
Após 25 anos de luta pela reforma agrária, Gilmar Mauro acredita que é hora de se avaliar o modelo de reforma que deve ser implantado no país. “Talvez hoje a gente não precise daquela reforma agrária clássica, distributiva, produtivista, mas uma em que se rediscuta a utilização do solo, da água e dos recursos naturais. Cada vez mais o envenenamento do solo e a monocultura tem causado impactos ambientais que talvez sejam irreversíveis."
O coordenador do MST afirmou que o movimento passa por um momento “bem mais fácil” do que o de 1984. "Hoje é mais fácil, já há diálogos abertos com o governo em várias outras instâncias. Mas isso é fruto das lutas. E vamos ter que continuar fazendo isso.”
Para Mauro, o maior presente que o MST poderia receber após duas décadas e meia de luta pela terra seria o próprio fim do movimento. “Para nós e para a sociedade o melhor presente hoje seria o fim do MST em conseqüência da realização da Reforma Agrária”, disse. "Mas, a propriedade da terra continua muito concentrada no nosso país. Entra e sai governo e nem sequer a lei federal que prevê desapropriação de latifúndio e a terra que não cumprissem sua função social foi colocada em prática. Por essa razão, vamos continuar lutando e discutindo com a sociedade o tipo de reforma agrária que a gente precisa”, completou Mauro.
Em comemoração aos 25 anos do movimento, está ocorrendo no Rio Grande do Sul uma festa com a presença de políticos, artistas e representantes de vários movimentos sociais. A expectativa é reunir cerca de 1,5 mil pessoas no município gaúcho de Sarandi.