A
Secretaria Estadual de Saúde da Bahia informou nesta segunda-feira (12) que
1.800 pessoas de três cidades que tiveram contato com sete funcionários do
complexo hoteleiro da Costa do Sauípe contaminados com meningite do tipo C
foram medicadas para evitar uma possível contaminação pela doença. Por
precaução, a administração do complexo também informou hoje que todos
os demais funcionários do complexo hoteleiro de luxo serão vacinados.
De
quarta-feira a sábado, o complexo hoteleiro sediou o “Sauípe Folia”, uma
espécie de carnaval fora de época que se realiza anualmente, atraindo milhares
de pessoas entre turistas e moradores da terra.
O
órgão confirmou que os casos de meningite atingiram apenas funcionários do
complexo. Sete empregados foram contaminados, e três morreram. Os outros quatro
continuam internados no hospital Couto Maia, em Salvador, para tratamento
médico. O órgão afirmou que nenhum caso foi registrado entre hóspedes ou
moradores da região. As causas do surto estão sendo investigadas. As mortes ocorreram
nas últimas quarta-feira (7), sexta (9) e sábado (10).
A
secretaria informou que fez medicação com antibióticos –a quimioprofilaxia–,
que é a medida indicada no protocolo do Ministério da Saúde para bloquear o
surgimento de novos casos da doença entre pessoas que tiveram contato com
vítimas da meningite C. A doença é causada por uma bactéria e é considerada a
forma mais agressiva da doença.
Segundo
a Secretaria de Saúde, nenhum novo caso da doença foi registrado entre sábado e
início da tarde desta segunda-feira, o que foi avaliado como positivo.
A
secretaria informou ainda que foi comunicada pelo complexo na última
sexta-feira (9), e equipes das secretarias estadual e municipais estão
monitorando o local. O número de profissionais de saúde foi ampliado e orientam
funcionários sobre medidas de prevenção da doença.
A
direção do complexo disse que informou às autoridades sanitárias assim que teve
conhecimento dos casos. Já a produção do “Sauípe Folia” disse, em
nota, que só foi informada dos casos da doença no sábado (10), ou seja, no
último dia do evento –e por isso não cancelou a micareta. Estimativas apontam
que 3.000 pessoas participaram do evento por dia.
Para
o coordenador estadual das Emergências em Saúde Pública, Juarez Dias, não há
motivo para pânico para quem foi ao carnaval fora de época, já que é pequena a
chance de contaminação. “Os acometidos da doença são funcionários que trabalham
na cozinha e em arrumação. Não lidavam diretamente com o público. O evento
aconteceu em uma área fechada”, afirmou Dias, em nota.
A
secretaria ressaltou que todas as pessoas que passaram recentemente pelo
complexo de Sauípe devem ficar atentas em caso de sintomas como febre, dor de
cabeça, dificuldade de movimentar a cabeça, vômito e dor na nuca. Quem
apresentar esses sintomas deve procurar um médico.