Google quebra silêncio e revela que gasta energia de 200 mil casas

Google quebra silêncio e revela que gasta energia de 200 mil casas

Reprodução


Por anos, o Google manteve segredo sobre o volume de energia consumido pelos enormes centros de dados da companhia. Ontem, através de um comunicado divulgado em seu blog oficial, a empresa revelou que suas instalações usam continuamente 260 milhões de watts, que seriam suficientes para alimentar, por exemplo, 200 mil casas comuns, segundo cáculos do jornal The New York Times. Os números se referem ao consumo total da empresa – incluindo, por exemplo, o campus universitário que mantém na Califórnia (EUA). 


Mas os centros de dados são os maiores responsáveis pelo gasto. Cada vez que um usuário faz uma busca ou assiste a um vídeo do YouTube, os processadores do Google usam energia – cem buscas consomem, aproximadamente, o mesmo que uma lâmpada de 60 watts que fique 28 minutos ligada.


A empresa afirma que, apesar alto consumo elétrico, o Google contribuiu para “um mundo mais verde”. Como exemplo, cita usuários que deixam de usar o carro porque conseguiram uma informação sem sair de casa, através do buscador. Além disso, desde 2007 a empresa tornou-se “carbono zero”, compensando as emissões pelas quais é responsável – calculadas em 1,45 milhões de toneladas de carbono em 2010. “Investindo centenas de milhões de dólares em projetos e empresas renováveis, estamos ajudando a criar 1,7 GW de energia renovável. É o mesmo que a energia usada para alimentar 350 mil casas, e muito mais do que nossas operações consomem”, acrescenta o comunicado.


Especialistas afirmam que o silêncio mantido pelo Google até então servia para evitar que concorrentes pudessem analisar a eficiência e a precisão de seus bancos de dados. Além disso, o meio digital é uma indústria na qual todas as empresas se esforçam para parecer o mais “verde” possível.


Água do mar
Neste fim de semana, o Google deve inaugurar um novo centro de dados, em Hamina, Finlândia. O local era uma fábrica de papel, que a empresa americana comprou em 2009. O Google decidiu aproveitar a geografia local e instalou um sistema de resfriamento que usa água do mar, possibilitando que a empresa economize energia. “A água passa por um túnel que já estava construído ali desde os anos 50”, explica Joe Cava, diretor do centro de dados, no vídeo explicativo do blog do Google.

 

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