Esta
quinta-feira (8) marca o último dia em que os 36 réus do julgamento do mensalão
podem entregar suas defesas ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a Corte,
18 dos envolvidos fizeram isso até a quarta-feira (7).
Entre
os acusados estão o ex-ministro-chefe da Casa Civil e deputado cassado José
Dirceu (PT), o presidente do PTB, Roberto Jefferson, o ex-tesoureiro do PT
Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério.
Aqueles
que não entregarem a defesa até hoje podem ser julgados à revelia. Após o fim
do prazo, o relator do caso escreverá seu voto e liberará o processo para ser
debatido pelo plenário do STF.
Foram excluídos do processo quatro pessoas que constavam no indiciamento
original, com 40 membros, no suposto esquema de compra de apoio político para o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São eles: o ex-ministro Luiz Gushiken
e Antônio Lamas, irmão de um ex-tesoureiro do PR, que deixaram a lista por
falta de provas; o ex-secretário petista Silvio Pereira, que fez acordo com o
Ministério Público; e o ex-deputado José Janene (PP-PR), que morreu.
Só
para 2012
O
relator do processo no STF é o ministro Joaquim Barbosa, que já previu o
julgamento para o primeiro semestre de 2012. Os partidos envolvidos, em
especial o PT, preferem que isso só aconteça em 2013, para que não haja maiores
prejuízos nas eleições municipais.
Oposicionistas temem que o processo volte à primeira instância caso haja a
renúncia de dois acusados com mandatos parlamentares: os deputados
federais João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Caso isso aconteça, aumenta o risco de os crimes prescreverem.
Segundo
o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pelo menos até o primeiro
semestre de 2012 nenhum dos crimes cometidos pelos réus prescreverá.