Os
médicos de São Paulo iniciam nesta quinta-feira o rodízio no atendimento a
planos de saúde. Segundo cronograma divulgado pelas associações de médicos,
entre os dias 1º e 3 de setembro, serão afetadas as especialidades de
ginecologia e obstetrícia.
A
paralisação, por tempo indeterminado, afetará apenas uma especialidade médica
por vez. Por exemplo: em uma semana, clínicos gerais deixarão de atender por
três dias esses convênios. Na seguinte, é a vez dos oftalmologistas, e assim
por diante.
Segundo
a APM (Associação Paulista de Medicina), a interrupção alcançará inicialmente
os planos Ameplan, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Intermédica,
Notredame e Volkswagen.
Após
ginecologia e obstetrícia, deve parar a otorrinolaringologia entre 8 e 10 de
setembro, pediatria entre 14 e 16 de setembro, ortopedia e traumatologia entre
19 e 20 de setembro, pneumologia e tisiologia entre 21 e 23 de setembro e
cirurgia plástica entre 28 e 30 de setembro.
Os
anestesiologistas também vão parar acompanhando as áreas que estiverem no
rodízio. Por exemplo: vão interromper os procedimentos ligados à ginecologia na
primeira semana, os ligados a otorrinolaringologia na segunda semana, e assim
por diante.
As
urgências e emergências não serão afetadas.
NEGOCIAÇÃO
No
último dia 7 de abril, os médicos já haviam realizado uma paralisação nacional
que afetou todos os planos de saúde. No dia, eles atenderam apenas urgências e
emergências.
Os médicos querem passar a receber dos planos R$ 80 por consulta. Hoje, dizem,
recebem em média R$ 30.
Eles
querem ainda a inserção, no contrato com as operadoras, de uma cláusula que
preveja reajuste anual nos honorários com base no índice de aumento das
mensalidades dos usuários autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar).