A Lei Geral da Copa, em fase final de redação, deve mudar o Estatuto do Torcedor para permitir a venda de cerveja nos estádios brasileiros durante o Mundial de 2014. As novas diretrizes, que serão instituídas especialmente para o torneio, irão suspender do início ao fim da competição o artigo que proíbe torcedores de portarem bebidas "suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência nas arenas".
O assunto foi discutido em uma reunião realizada
na última segunda-feira entre representantes da Casa Civil, do Ministério do
Esporte e da Advocacia Geral da União com a presidente Dilma Rousseff. O
próximo passo será encaminhar a lei para o Congresso Nacional, fato que deve
acontecer dentro de duas semanas, pelas contas de pessoas envolvidas no processo.
A aprovação dos congressistas, porém, ainda não significará que a
autorização para o fim da lei seca nos estádios já foi dada. A Fifa, via COL
(Comitê Organizador Local), terá também que negociar a liberação da cerveja com
cada Estado e cidade, pois a proibição não é federal. A Lei Geral da Copa vai
apenas relaxar o Estatuto do Torcedor para que ele não seja conflitante com as
decisões municipais e estaduais de liberar a venda da bebida.
A comercialização de cerveja durante os jogos dos Mundiais é vista como um
grande negócio pela Fifa, que nas duas últimas edições fechou um contrato
milionário com a Budweiser, prestes a começar a ser produzida no Brasil. Todas
as cidades que se candidataram à sede sabiam que teriam de aprovar a volta da
cerveja.
Além
da liberação do consumo de bebidas alcoolicas dentro dos estádios, a Lei Geral
da Copa irá mexer em diversos outros temas polêmicos. Um deles, por exemplo, é
o veto à comercialização de meia-entrada, outra exigência da Fifa em seus
torneios.