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Os
refrigerantes são relacionados a muitos malefícios à saúde. E as águas
saborizadas começaram a ser encaradas como opções mais saudáveis. Se pensa
assim, cuidado! Elas são classificadas pelos próprios fabricantes como
refrigerantes de baixa caloria levemente gaseificados e não devem ser encaradas
como substitutas da água.
Segundo
a nutricionista Alessandra Paula Nunes, professora do Centro Universitário São
Camilo, o que as distingue dos refrigerantes comuns é apenas a não-adição de
açúcar, já que a maioria é de baixa caloria e tem adoçante entre os ingredientes.
Essas bebidas apresentam edulcorantes, conservantes, aromatizantes e ácido
fosfórico, assim como as convencionais.
O
ácido fosfórico pode ser responsável pela relação com a osteoporose, além de
ser um agravante para a gastrite. Os aditivos (acidulantes, conservantes e
corantes artificiais) tendem a abrir espaço para processos alérgicos e
hiperatividade.
"O
benzoato de sódio é um conservante utilizado na maioria dos refrigerantes e
pode desencadear uma reação com outros componentes da bebida, formando benzeno,
que, se ingerido por longos períodos, pode aumentar o risco para neoplasias
(tumores), principalmente nas versões diet e light, porque não contêm o açúcar
que inibe a formação do benzeno", disse a nutricionista.
Enquanto
os açúcares (alto valor calórico) dos refrigerantes convencionais contribuem
para a obesidade, cáries, flatulência e diabetes, a troca deles por quantidades
consideráveis de adoçantes nas águas saborizadas representa altas taxas de
sódio, o que aumenta o risco para hipertensão e problemas renais. Ao comparar
um líquido saborizado e um refrigerante com suco de limão de uma mesma marca, o
primeiro contém quase cinco vezes mais sódio.
Caso
queira saborear as tentações, invista na moderação. Não ultrapasse a dica de,
no máximo, duas vezes por semana (300 ml). Evite-as durante as refeições.
Prefira opções mais saudáveis, como sucos naturais e chás.