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Reprodução
Um
estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh na Pensilvânia, Estados
Unidos, descobriu que o Facebook pode estar sendo utilizado como
ferramenta de identificação para expor informações confidenciais sobre os
usuários.
A
pesquisa revelou que um em cada três indivíduos envia imagens pessoais para o
Facebook. Para testar os problemas que isso pode implicar, pesquisadores
escolheram 93 voluntários e usaram apenas uma foto de cada um para rastreá-los
na web. Usando um software disponível para o público, os estudiosos demoraram
apenas três segundos para encontrar os voluntários na rede social. Munidos de
informações pessoais escritas em seus perfis, os pesquisadores conseguiram os
primeiros cinco números do seguro social de pelo menos um terço das pessoas.
A
universidade utilizou a tecnologia de Reconhecimento Facial de Pittsburgh, com
o software PittPatt, programa recentemente comprado pelo Google+ . As
fotos dos 93 voluntários foram comparadas a um banco de dados público com
261.262 imagens disponíveis de rostos de pessoas, retirados de fotos enviadas
para o Facebook. O sistema demorou apenas três segundos para encontrar pelo
menos 10 possíveis resultados. E acertou de primeira em um terço das vezes.
O
responsável pela pesquisa, professor Alessandro Acquisti, disse que a evolução
da tecnologia está levando a uma vigilância democrática. Os pesquisadores
acreditam que o facebook, hoje com mais de 750 milhões de usuários, já é o
maior serviço de identificação do mundo. Eles acreditam que ladrões de
identidade precisam apenas navegar na web por alguns minutos para encontrar
fotos e descobrir tudo que precisam saber.
O
surgimento do reconhecimento facial lançou uma corrida entre Google e
Facebook. Em junho, o Google lançou o Google+, site de rede social que ele
planeja integrar com o PittPatt. O Facebook, por outro lado, já permitiu que os
usuários possam identificar os amigos em suas fotos.
De
acordo com o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, a quantidade de fotos
que foram erroneamente identificadas por programas caiu de 79% em 1993 para 29%
ano passado. Entrevistado pelo ‘The Wall Street Journal’, um porta-voz do
Facebook disse que nenhum usuário é obrigado a enviar foto alguma para a rede
se assim não desejar.
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