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Espirros,
coriza, nariz entupido, dor de cabeça, coceira no nariz, nos olhos, na garganta
e no céu da boca. Para muita gente, esses são os sintomas de um resfriado,
provocado, principalmente, pela mudança de temperatura que vem junto com a
chegada do inverno.
No entanto, esse diagnóstico não é tão simples como parece. Sintomas
corriqueiros de resfriado remetem às alergias respiratórias, especificamente a
rinite alérgica. Esta, quando não tratada adequadamente, pode causar falta de
ar, voz anasalada, alterações do olfato e paladar, além de causar impacto
direto na qualidade de vida do paciente.
De acordo com OMS (Organização Mundial da Saúde), aproximadamente 30% da
população mundial sofre de algum tipo de alergia. Dados do Ministério da Saúde
revelam que entre 10% a 25% da população brasileira tem rinite alérgica.
Para quem sofre de alergia, o inverno traz desafios no controle da doença.
Nesta época do ano, por passar muito tempo dentro de casa e em lugares fechados
para se abrigar do frio, o alérgico fica em contato com vários alérgenos
(substâncias que causam alergias), sendo necessário redobrar os cuidados contra
os fungos, ácaros, poeira, pelo e saliva de animais domésticos, mofo, bolor,
entre outros desencadeadores.
Os vilões da alergia também não dão trégua ao ar livre, como a poluição do ar,
resíduos de veículos e até o pólen das flores.
“Vale ressaltar que a rinite alérgica não é uma infecção, mas um processo
inflamatório de hipersensibilidade da mucosa que reveste o nariz. Não é
contagiosa, não causa febre, não compromete o estado geral do paciente e
costuma ter duração variável, dependendo da intensidade e frequência de
exposição aos alérgenos” explica Dr. Dirceu Solé, alergologista e imunologista.
Ao contrário da rinite, o resfriado e a gripe são causados por vírus. O
primeiro é uma infecção que pode ser causada por inúmeros vírus, o mais comum é
o Rhinovirus que desencadeia obstrução nasal, coriza, espirros e febre baixa.
Já a gripe é ocasionada pelo vírus Influenza, que costuma provocar sintomas
mais intensos que o resfriado como febre alta e dores no corpo, além da
obstrução nasal, tosse e espirros.
Por terem sintomas muito semelhantes, a rinite alérgica costuma ser
diagnosticada como resfriado ou gripe. “A recorrência dos sintomas e a ausência
de febre devem atentar o paciente para a possibilidade de rinite alérgica. Vale
ressaltar que o próprio resfriado ou a gripe podem agravar a inflamação da
mucosa nasal de pacientes com rinite, piorando os sintomas”, completa o
especialista.
Rinite Alérgica e o Inverno
• Com a chegada do inverno, os quadros respiratórios tendem a ser mais
frequentes, tanto os infecciosos (resfriados, gripes, rinossinusites) como os
quadros alérgicos.
• Nessa época do ano, situações comuns tendem a aumentar a incidência de
alergia respiratória, como o uso de agasalhos de lã que ficaram guardados nos
armários. Estas peças, guardadas por muito tempo, costumam ter um odor que é
capaz de desencadear sintomas relacionados à rinite alérgica.
• A variação brusca de temperatura pode ocasionar um quadro clínico típico de
um processo alérgico. Por exemplo, ao acordar de manhã, a diferença de
temperatura da cama aquecida e a do ar frio do quarto ou do banheiro pode fazer
com que alguns indivíduos que têm rinite alérgica tenham crises de espirros,
obstrução nasal ou coriza.
Prevenção e Tratamento
O tratamento da rinite alérgica pode ser dividido em controle do ambiente, com
o objetivo de reduzir a exposição aos alérgenos aos quais o paciente é
sensível, e medicamentoso, controlando sintomas e a inflamação da mucosa nasal.
Nesses casos, os medicamentos mais frequentemente utilizados são os
anti-histamínicos e corticosteroides intranasais, entre outros. Os
anti-histamínicos de segunda geração como, por exemplo, a loratadina, proporcionam
alívio dos sintomas alérgicos por até 24 horas e não causam sonolência.
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