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Na
contramão da campanha de proteção aos pedestres lançada pela CET, apenas 132,
dos 6.118 semáforos da cidade, têm equipamentos que multam motoristas que
avançam o sinal vermelho. Isso significa que o motorista que comete a infração
corre risco de ser autuado em apenas 2 de cada 100 cruzamentos.
Segundo especialistas, o número é insuficiente e aumenta o risco de acidentes.
“Pelo menos metade dos cruzamentos deveria contar com os equipamentos”, diz o
vice-presidente da Abramet (associação de medicina do trânsito), José Montal.
“Sem fiscalização, aumenta o risco de acidentes e atropelamentos. A multa
também tem papel pedagógico”. No ano passado, 1.357 pessoas morreram em
acidentes.
Para efeito de comparação, o número de radares que fiscalizam o desrespeito ao
farol vermelho é menos da metade dos 328 radares que multam motoristas que
trafegam acima da velocidade permitida.
O representante do núcleo de mobilidade da ONG Nossa São Paulo, Marco Nori,
afirma que a prioridade da CET é enquadrar os motoristas que circulam acima da
velocidade. Segundo ele, essa é a razão de uma quantidade bem maior de radares
que fiscalizam esse tipo de infração. “Multas de velocidade são mais caras. Por
isso, há mais equipamentos para flagrar esse tipo de infração. É uma questão de
dinheiro e não de segurança no trânsito”. Procurada, a CET não quis se
manifestar.
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