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Os refrigerantes diet sempre estiveram relacionados a hábitos saudáveis, já que contêm poucas calorias. Mas eles podem ser extremamente prejudiciais à saúde, apontam pesquisas recentes.
Segundo dados apresentados em uma conferência da
Associação Americana de Diabetes, o consumo regular da refrigerante dietético
resultou em um aumento até 70% maior na circunferência da cintura em relação às
pessoas que não consomem a bebida. Esses refrigerantes ainda aumentariam os
riscos de diabetes tipo 2, síndrome metabólica, derrame e doenças cardíacas.
No
estudo, pesquisadores pela Escola de Medicina da Universidade do Texas
analisaram dados de 474 adultos durante quase dez anos. Os voluntários
informaram a frequência da ingestão do refrigerante diet e tiveram a
circunferência da cintura, altura e peso medidos em quatro momentos diferentes.
O objetivo era rastrear qualquer relação entre a bebida e o acúmulo de gordura
no corpo com o passar do tempo.
Ao
fim do estudo, os pesquisadores perceberam que a média da cintura de todos os
participantes tinha aumentado. Mas aquelas pessoas que consumiam periodicamente
refrigerantes diet tiveram um aumento 70% maior do que os que não consumiam
refrigerantes de qualquer espécie. o período entre a primeira e a última
medição foi nove anos e seis meses. Entre os consumidores mais vorazes, que
bebem dois ou mais refrigerantes diet ao dia, o aumento na cintura foi de 500%.
Os
motivos exatos que relacionam a bebida ao acúmulo de gordura abdominal, no
entanto, não foram descobertos pela equipe de pesquisadores. Uma das hipóteses
é a de que essas bebidas enganariam o cérebro, já que alimentos doces tendem a
ser altamente calóricos, o que não acontece com a bebida. Assim, o cérebro
estaria recebendo uma resposta errada do refrigerante, por causa do seu gosto
doce. Algumas pesquisas afirmam que isso levaria o organismo a acumular mais
gordura de reserva; outras, que isso aumentaria o apetite por alimentos
altamente calóricos para suprir a lacuna criada pela bebida.
Diabetes
— Outra pesquisa apresentada durante a conferência mostrou que os refrigerantes
diet também estão relacionados com o diabetes tipo 2. No estudo, também da
Universidade do Texas, a equipe mostrou que camundongos que ingeriam aspartame
— adoçante usado nas bebidas — tinham níveis elevados de glicemia em jejum, um
indicador do diabetes ou da condição pré-diabética.
Não
é a primeira vez que se apontam os riscos dos refrigerantes dietéticos. Um
estudo publicado no começo de 2011 já alertava que os refrigerantes diet podem
ser responsáveis pelo aumento dos riscos de infarto e derrames.
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