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As
criações de suínos e aves no sul do país absorvem por ano em torno de 4,6
milhões de toneladas de milho para alimentar os animais. Este ano, com a
valorização do grão no mercado internacional, o preço do milho subiu até 45% e
promoveu uma crise nas atividades.
– A suinocultura vive um momento muito difícil por, basicamente, três motivos.
O primeiro é o encarecimento do preço do grão do milho. O segundo motivo é a
taxa de câmbio, que inviabiliza as exportações. O terceiro motivo é o
fechamento da Rússia para as carnes do Brasil, sendo que a Rússia era o nosso
principal importador – disse Carlos Alberto Freitas, diretor superintendente da
Cooperativa dos Suinocultores de Encantado/RS (Cosuel).
Outro setor que enfrenta dificuldades neste ano é o do arroz. A supersafra e os
estoques existentes na ordem de 3,5 milhões de toneladas fizeram com que o
preço do produto despencasse ao patamar de R$ 18 por saca, enquanto que o custo
de produção está na faixa de R$ 28.
A equipe econômica do governo federal já anunciou que a solução para a
crise do arroz, da suinocultura e da avicultura poderá acontecer a partir de
uma ação conjunta dessas três cadeias produtivas. Uma das possibilidades é
utilizar o arroz, em substituição ao milho, na ração de suínos e aves.
– Se nós conseguíssemos tirar 500 mil a um milhão de toneladas de arroz, isso
traria um benefício enorme na cadeia, tiraria o estoque de passagem e liberaria
armazéns para que nos pudéssemos colocar essa safra que veio em grande
quantidade – observou José Carlos Gross, diretor técnico da Federarroz.
As cooperativas não veem nenhum prejuízo nutricional em substituir o milho pelo
arroz na ração dos animais.
– O grão de arroz poderia ser utilizado na alimentação de suínos e aves, pois
os níveis nutricionais são semelhantes aos do milho – falou Carlos Alberto
Freitas.
As autoridades e os representantes do setor privado trabalham agora na
elaboração de uma política de subvenção para a compra do arroz por parte das
indústrias. Outra preocupação do governo é que essa medida não traga problemas
para os consumidores. Mas isso, o setor garante que não vai acontecer.
– Eu garanto que não há risco de desabastecimento e da população ficar sem
alimentos, que sempre foi o que o arrozeiro fez – frisou José Carlos Gross.
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