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O
Centro Médico da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, levanta a
possibilidade de se desenvolver um equivalente da pílula anticoncepcional para
homens. Em experiência apresentada neste sábado no Encontro Anual de
Endocrinologia, em Boston, pesquisadores conseguiram interromper a produção de
esperma sem afetar a libido em um grupo de ratos de laboratório.
A
produção de espermatozóide está condicionada à associação do ácido retinóico,
proveniente do consumo de vitamina A, a uma proteína chamada receptor do ácido
retinóico. A pesquisa americana, cujo interesse inicial era estudar a forma
pela qual o corpo utiliza a vitamina A, testou um composto capaz de interromper
esta associação. Como consequência, os ratos submetidos ao composto ficaram
temporariamente estéreis.
Mais
estudos são necessários para avaliar outros efeitos do composto. Para John
Amory, professor de medicina da Universidade de Washington, um dos problemas é
que ele pode afetar outras funções do corpo. "Minha preocupação é que,
como o ácido retinóico tem várias funções em vários tecidos [ele é importante
para a visão e para o sistema imunológico, por exemplo], bloquear sua atividade
pode ter efeitos colaterais consideráveis", diz ele.
Este
é um método diferente daquele usado nos anticoncepcionais femininos, que
utilizam hormônios para interromper a ovulação. Outras pesquisas já tentaram
manipular hormônios para criar um anticoncepcional masculino, mas medicamentos
desse tipo nunca foram aprovados pela Food and Drugs Administration (FDA),
órgão responsável pela aprovação de novos medicamentos nos Estados Unidos.
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