Documentário vai contar vida de Dominguinhos

Divulgação
"Dominguinhos,
me esclareça uma dúvida: foi [Luiz] Gonzaga quem lhe botou esse seu nome, não
foi?"
"Foi
Gonzaga, Hermeto. Numa gravação. Ele me disse que esse nome que mãe dá pra
filho não serve quando a gente vira artista."
"E
qual era o nome que sua mãe lhe deu?"
"Era
Neném, Hermeto."
"Rapaz,
isso não serve mesmo pra artista não..."
O
diálogo entre os músicos Dominguinhos e Hermeto Pascoal aconteceu domingo
passado, na cozinha de um estúdio em São Paulo.
Na
sequência, ambos seguiriam para seus instrumentos e fariam uma série de duetos
--todos de improviso, como é do gosto dos dois.
Tanto
a conversa da cozinha quanto os números musicais foram gravados em som e imagem
e farão parte do documentário "Dominguinhos, Volta e Meia", dirigido
por Felipe Briso, que já toma dois anos de trabalho e deve ser lançado em 2012.
O
projeto é ideia da cantora Mariana Aydar, com a colaboração --e a direção
musical-- dos instrumentistas Duani e Eduardo Nazarian.
Pretende
dar um panorama da história de Dominguinhos, mestre da sanfona, pernambucano de
Garanhuns, retratando seu dia a dia entre o aniversário de 70 anos, neste ano,
e o de 71, em fevereiro do ano que vem.
"Filmamos
situações de todo o tipo", diz Briso. "Desde um encontro importante
com a Jazz Sinfônica, até um dia comum, em que nada acontece. E ensaios,
gravações. Também estivemos em momentos bem pessoais, como o aniversário da
filha."