Continua após os destaques >>
A
hipertensão (pressão arterial alta) é, em geral, uma doença que não apresenta
sintomas até ocorrer uma lesão em algum órgão. Por isso, mesmo com uma
prevenção simples, baseada na prática regular de exercícios, dieta e
medicamentos de controle, a pressão arterial elevada é muitas vezes fatal -
trata-se da segunda principal causa de morte nos Estados Unidos, por exemplo.
E, agora, uma nova pesquisa americanda indica que o problema é muito maior do
que se pensava entre a população jovem: um em cada cinco jovens adultos entre
24 e 32 anos de idade teria pressão alta.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill
comparou seus resultados com uma publicação do governo federal, feita pelo
National Health and Nutrition Examination Survey, que apontou apenas 4% dos
adultos jovens com pressão alta. Segundo a Universidade da Carolina do Norte, o
número chega a 19% dos pacientes - somente a metade sabia da doença por médicos.
Ambos os resultados foram definidos sob os mesmo parâmetros: uma leitura de
pressão arterial de 140 por 90 milímetros de mercúrio ou mais. A pressão
arterial normal é considerada 120 por 80 ou inferior. Contudo, ninguém explica
a diferença das estimativas de hipertensão entre os dois levantamentos.
"As descobertas indicam que muitos jovens correm o risco de desenvolver
doenças cardíacas, mas não sabem que têm hipertensão", disse Quynh Nguyen,
um estudante de doutorado na University da Carolina do Norte em Chapel Hill,
cujo estudo aparece em linha na revista Epidemiology. A relação entre pressão
arterial alterada e consumo de sódio, principal causador do problema, não foi
estudada pelos pesquisadores.
O Instituto de Medicina, por meio da Academia Nacional das Ciências, declarou,
no ano passado, que a pressão arterial - condição que aumenta o risco de
derrames e ataques cardíacos - é uma "doença negligenciada", que
custa aos cofres americanos cerca de 73 bilhões de dólares por ano.
O estudo da Universidade de North Carolina analisou, em 2008, mais de 14 mil
homens e mulheres, entre 24 e 32 anos, a partir do Estudo Nacional Longitudinal
de Saúde do Adolescente, conhecido como Add Health, financiada pelo National
Institutes of Health.
"O que temos é uma observação nova e precisamos examinar as contradições
dos números. O estudo não muda a revisão da política e avaliação de saúde. Ele
é apenas um sinal de que precisamos analisar com mais detalhes os dados",
diz Steven Hirschfeld, médico do Instituto Nacional de Saúde Infantil e
Desenvolvimento Humano.
Destaques >>
Leia mais notícias em andravirtual
Curta nossa página no Facebook
Siga no Instagram