Grupo Silvio Santos pretende vender lojas do Baú

Grupo Silvio Santos pretende vender lojas do Baú

Divulgação


O empresário e apresentador de televisão Silvio Santos começou a se desfazer de parte de suas empresas. A venda de algumas das 30 companhias do grupo é uma tentativa de reestruturar os negócios após o escândalo envolvendo o seu ex-banco, o Panamericano.


A primeira delas foi a Braspag, de pagamentos digitais, comprada nesta semana por R$ 40 milhões pela Cielo. A próxima é o Baú da Felicidade, uma rede varejista com 137 lojas em São Paulo e no Paraná. A expectativa do grupo é fechar o negócio entre 60 e 90 dias. O Bradesco BBI é quem está conduzindo as negociações.


"O nosso plano de reestruturação inclui a venda dessas duas empresas no curto prazo. Queremos focar em apenas três segmentos que nos interessam”, afirmou o vice-presidente do grupo Silvio Santos, Lásaro do Carmo Junior, em entrevista ao iG. Com a saída da rede Baú, o grupo pretende alcançar uma receita de R$ 2,3 bilhões em 2011.


O grupo quer reforçar seu foco nas áreas de comunicação, consumo e capitalização. Isso fortalecerá os negócios da Jequiti Cosméticos, das 14 emissoras de televisão, entre elas o SBT, e da Liderança Capitalização, responsável pela Tele Sena.


Outras empresas, como a construtora Sisan, o hotel Jequitimar e a seguradora Panseg, não estão à venda neste momento, segundo Carmo. “Elas são saudáveis, mas não devem receber grandes investimentos”, diz o executivo. Ele admite que o grupo poderá vender outras empresas no futuro.


 A venda do Baú

O Baú da Felicidade, que foi um dos principais negócios de Silvio Santos, hoje é uma empresa deficitária. O empresário assumiu o Baú em 1958, antes mesmo de fundar o SBT. A rede ganhou notoriedade com a venda dos “carnês do Baú”, que permitiam que os clientes retirassem um produto na loja no fim do pagamento e participassem de sorteios.


Com a flexibilização das condições de crédito, o carnê do Baú deixou de ser interessante para a classe C e deixou de ser vendido em 2007. “O Baú não acompanhou o processo de distribuição de renda, de consolidação do varejo e perdeu valor”, afirma José Carlos Peluso, diretor da consultoria Alvarez & Marsal.

O Baú ficou de fora da onda de fusões e aquisições no varejo e assistiu à formação de conglomerados como a Máquina de Vendas, o Magazine Luiza e a união do Pão de Açúcar e da Casas Bahia.


Silvio Santos chegou a disputar a compra do Ponto Frio, mas perdeu o negócio para o Pão de Açúcar. “Foi aí que ele perdeu a chance de salvar a rede Baú”, diz Peluso.


Apesar de problemas com seus pontos de vendas, principalmente o alto custo dos alugueis, o Baú pode ser um negócio interessante para redes que precisam se posicionar em São Paulo e na região Sul. Há grandes vantagens, por exemplo, para a Máquina de Vendas, rede formada pela união das varejistas Ricardo Eletro e Insinuante, que não atuam na cidade de São Paulo e na região Sul. Para Peluso, o Pão de Açúcar também poderia se beneficiar da aquisição, já que ainda não tem uma presença forte nos Estados do Sul.


 

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