No
programa Roda Viva que vai ao ar hoje (23), o cantor Ney Matogrosso diz que a
maconha deveria ser liberada e o crack deveria ser reprimido "até o último
grão". Ele conta que já tomou drogas na década de 60, 70, mas a droga
"era outra, tudo tinha qualidade. Não é essa droga malhada que se vende no
país".
Matogrosso
também falará sobre sua relação com a família, o sexo e sobre os momentos mais
marcantes de sua carreira. Ele conta que, quando era criança, tinha voz fina e
achava que isso era um defeito; ele também achava que não iria ser cantor a
vida inteira: "Acreditava no desgaste do tempo, que aquela voz que eu
tinha não se manteria. Aí eu fui vivendo a minha vida e entendi que não existe
esse limite. Haverá esse limite, mas ainda não [há]".
Sobre
a família, o cantor conta que o pai brigava com ele por conta de sua vocação
artística: “Eu saí na porrada com ele. Porque ele me tratava como um
escravozinho dele. Somos três homens e uma mulher e eu era o único que ele
perseguia. Depois, mais tarde eu entendi tudo. Ele percebia em mim uma coisa
diferente, eu nasci artista e ele percebia, ele era militar”.
Ele
também contará da época em que largou tudo e virou hippie, sobre a época em que
fazia sexo com mulheres e sobre a presidente Dilma Roussef. O cantor diz que
não votou em Dilma, mas que está surpreso com sua atuação: “Eu gosto desse
estilo discreto, sóbrio, sem falar demais, sem falar bobagem. Então, até o
momento, está me surpreendendo positivamente. Não votei, mas torço para que ela
faça um bom governo”.
O
programa vai ao ar a partir das 22h15 na TV Cultura.