Cerca
de 16,2 milhões de brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da
população. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) a partir da linha de extrema pobreza definida pelo governo federal.
Anunciada
hoje (3), a linha estipula como extremamente pobre as famílias cuja renda per
capita seja de até R$ 70. Esse parâmetro será usado para a elaboração das
políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria, que deve ser lançado em
breve pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
De
acordo com a ministra do MDS, Tereza Campello, o valor definido é semelhante ao
estipulado pelas Nações Unidas.
Para
levantar o número de brasileiros em extrema pobreza, o IBGE levou em
consideração, além do rendimento, outras condições como a existência de
banheiros nas casas, acesso à rede de esgoto e água e também energia elétrica.
O IBGE também avaliou se os integrantes da família são analfabetos ou idosos.
Dos
16,2 milhões em extrema pobreza, 4,8 milhões não têm nenhuma renda e 11,4
milhões têm rendimento per capita de R$ 1 a R$ 70. Deste total, 59,1% estão
concentrados na região Nordeste, 50,9% são jovens com até 19 anos e 70,8% se
declararam pardos ou negros.