O apagão dos combustíveis deve
continuar ainda por mais uma semana no que depender do aumento da oferta de
álcool anidro da nova safra para ser misturado à gasolina e abastecer a frota.
Mas os ajustes de mercado para regular os preços vão demorar ainda mais tempo e
somente deverão ter início a partir da segunda quinzena de maio.
A previsão é de Antônio de Pádua
Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que
reúne 330 usinas do Centro-Sul, responsáveis pela produção de 60% do etanol
consumido no País.
A alta demanda pela gasolina, causada
pela migração em massa dos carros flex, levou a Petrobrás a importar gasolina e
as usinas a importarem anidro. A situação elevou preços dos combustíveis nas
usinas, nas distribuidoras e nos postos, onde ocorreu falta pontual de
gasolina.
A expectativa é de que o problema seja
solucionado com o processamento da nova safra, antecipada em algumas usinas,
mas cujo efeito ainda não foi assimilado pelo mercado. De acordo com Rodrigues,
160 das 330 usinas de cana do Centro-Sul estavam em processo de moagem.
Gasolina em alta. Enquanto o álcool anidro da nova safra não chega para a mistura da gasolina C nas distribuidoras, os postos de combustíveis do interior continuam reajustando os preços da gasolina. Em Andradina o preço do combustível foi reajustado de R$ 2,90 para R$ 3,09 e a tendência é que continue subindo até o fim do mês.
* Com informações Jornal O Estado de São Paulo