Na manhã desta terça-feira (12), o iG
esteve na casa da família de Samira Ribeiro, de 13 anos, morta na chacina da
Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio. Irmã de
Samira, Priscila Pires, de 24 anos, contou que havia acabado de voltar da
escola onde buscou o material escolar da menina e os bens de valor da estudante
foram furtados (o furto consiste numa figura de crime prevista no Código Penal
Brasileiro que implica na subtração de coisa alheia móvel para si ou para
outrem).
“Parece que ela foi uma das primeiras a ser alvejada com um tiro na testa.
Então o material não estava sujo de sangue. Mas roubaram o celular e o
cordãozinho de ouro que estava usando”, disse Priscila, que tentou localizar os
demais pertences em vão.
“Não queremos pelo valor, mas pela recordação. Não sei se sumiu na escola
ou no IML. O fato é que não nos devolveram”, contou ela. Visivelmente
emocionada, Priscila falou sobre a tragédia. “Ficamos pouco em casa e evitamos
dar entrevistas porque é um momento muito difícil. Mas só consigo pensar que,
se o portão da escola estivesse fechado, tudo seria diferente. O que tenho a
dizer às pessoas que estão acompanhando tudo isso é que não perca seu filho.
Não deixe o portão aberto”, comentou ela, que havia matriculado a irmã na
escola há dois meses.