O
deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) tem até esta quarta-feira para apresentar sua
defesa à Corregedoria da Câmara. O parlamentar deve de se defender da acusação
de racismo em quatro representações protocoladas contra ele na Casa.
Após
a entrega da defesa, o corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), terá 90
dias para elaborar parecer que poderá ser encaminhado ao Conselho de Ética e
resultar em processo por quebra de decoro parlamentar.
A
manifestação, no entanto, não é obrigatória. Se Bolsonaro decidir não depor,
ele está livre de punições. O corregedor dará seu parecer independente da
defesa do deputado.
Bolsonaro
responde a representações assinadas pela Comissão de Direitos Humanos da
Câmara; pelos deputados Edson Santos (PT-RJ) e Luiz Alberto (PT-BA) e pela
Secretaria de Igualdade Racial após ter se tornado pivô de uma grande polêmica
devido à sua participação no programa CQC, da Band, no dia 28 de março. Em
resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se seu
filho se apaixonasse por uma mulher negra, Bolsonaro respondeu: “Não vou
discutir promiscuidade com quem quer que seja”.
Uma semana depois, ele se retratou desta declaração, alegando que não entendeu direito a pergunta. No entanto, manteve outras respostas contra homossexuais.