Apple e a Foxconn produzirão iPad no Brasil, diz Mercadante

Apple e a Foxconn produzirão iPad no Brasil, diz Mercadante

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira que a Apple e a Foxconn se uniram para produzir o iPad no Brasil até o final de novembro deste ano. O anúncio foi feito logo após o encontro da presidente Dilma Rousseff com o presidente da multinacional na China.

 

Dilma indicou que a empresa Foxconn anunciou interesse em investir nos próximos cinco a seis anos US$ 12 bilhões na produção de aplicativos para telefonia móvel e informática, como telas para aparelhos celulares. Um grupo de trabalho foi criado para estudar o projeto.

 

Segundo Mercadante, “as condições, onde que vai ser, a logística é que faltam ser detalhados agora”.

 

Brasil e China assinaram nesta terça-feira acordos milionários de cooperação tecnológica durante a visita da presidente Dilma ao principal parceiro comercial do país.

 

Outros acordos

 

Entre os compromissos assinados se destacam a venda de 35 aviões E190 da Embraer para empresas chinesas, assim como um acordo com a AVIC (Corporação da Indústria de Aviação Chinesa) para a produção do Legacy 600 no país asiático.

 

Os valores da compra não foram revelados oficialmente, mas fontes da delegação brasileira afirmaram que o preço médio das aeronaves é de US$ 40 milhões, o que elevaria a negociação a US$ 1,4 bilhão.

 

A empresa de telefonia chinesa Huawei anunciou a decisão de construir um centro de pesquisas na região de São Paulo, com investimentos de entre US$ 300 e US$ 400 milhões, conformou a presidente à imprensa no hotel em que está hospedada e após um dia repleto de reuniões.

 

Somente no campo da tecnologia, ciência e inovação, o investimento chinês no Brasil como resultado dos acordos assinados em Pequim vai superar um bilhão de dólares, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Outros acordos foram assinados nas áreas de petróleo, defesa, nanotecnologia, recursos hídricos, normas fitossanitárias, tecnologia agrícola e agricultura tropical, além de intercâmbios universitários e de tecnologia do bambu.

 

Salto comercial

 

Desde que desembarcou em Pequim para sua primeira visita ao gigante asiático, Dilma Rousseff tem ressaltado que deseja inaugurar uma nova etapa nas relações e dar um salto qualitativo no modelo existente que, no entanto, permitiu elevar o comércio entre os dois países de US$ 2,3 bilhões no ano 2000 a US$ 56,4 bilhões em 2010.

 

Nos últimos dois anos a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras e o maior investidor no Brasil, postos que haviam sido ocupados nos últimos anos por Estados Unidos e Espanha. Os investimentos chineses estão centrados nas áreas de petróleo, tecnologia agrícola e produção de soja.

 

"Precisamos ir além da complementaridade de nossas economias para favorecer uma relação dinâmica, diversificada e equilibrada", disse a presidente do Brasil no encerramento do fórum que reuniu os 240 empresários que a acompanham na viagem e dezenas de executivos chineses.

 

"A transformação da agenda (exportadora) com produtos de maior valor agregado é o desafio para os próximos anos e um dos pilares para a sustentabilidade da expansão do comércio bilateral", completou.

 

Commodities

 

Até agora, as exportações do Brasil para a China consistem essencialmente em commodities agrícolas e matérias-prima, em particular soja, minério de ferro, petróleo e celulose.

 

Os dois países, que ao lado da Rússia, Índia e agora África do Sul integram o bloco dos BRICS e cujos presidentes se reunirão na quinta-feira na ilha de Hainan (sudeste da China), compartilham interesses e visões para a construção de uma nova ordem internacional em fóruns como a ONU, o G20 e a OMC, assim como nas conferências sobre o clima.

 

Os dois países manifestaram apoio à reforma ampla da ONU, incluindo o aumento da representação dos países em desenvolvimento no Conselho de Segurança como uma prioridade, na declaração conjunta divulgada ao final do encontro.

 

Uma vaga permanente no Conselho de Segurança é uma antiga aspiração do Brasil.

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