Após estupro, UFMS reforça segurança e diz não ter recursos

Após estupro, UFMS reforça segurança e diz não ter recursos

A administração da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) admitiu a precariedade na segurança do campus de Campo Grande e afirmou que o governo federal não repassa recursos suficientes para a área. O pronunciamento ocorreu após uma manifestação de aproximadamente 400 estudantes de diversos cursos em frente à reitoria da universidade. Na manhã desta segunda-feira, uma estudante foi estuprada no campus.


A estudante foi rendida por volta das 8h por um homem armado com uma faca e lavada para um matagal próximo à ponte que liga o teatro da universidade ao bloco das faculdades de Química e Economia e Administração. A vítima - que não teve seu nome divulgado - é uma acadêmica do curso de Química e foi encontrada nua no campus.


Uma comissão composta por 30 alunos se reuniu com o vice-reitor, João Ricardo Tognini, com o prefeito do campus, Jair Sartorelo, e com o chefe da segurança, Milton de Alcântara, para expor os problemas vivenciados por acadêmicos em diversas áreas do campus. Em resposta, a universidade afirmou que algumas medidas serão tomadas.


A vigilância no local do ataque será redobrada e terá início às 6h, e não mais às 11h. Além disso, a ponte que dá acesso ao teatro, que antes não tinha segurança nenhuma, passará a ter um posto de vigilância fixo. A universidade também irá colocar grades entre o biotério e a ponte, de modo que estudantes ou criminosos não tenham acesso à mata que fica no entorno do campus. A UFMS também garantiu que a manutenção da iluminação será realizada com maior frequência.


De acordo com as informações repassadas pela universidade, a equipe de segurança possui 36 vigilantes efetivos, que se revezam a cada 24 horas. São seis vigias por turno e mais 10 seguranças terceirizados distribuídos em nove postos pela universidade, que possui mais de 12 mil acadêmicos e funcionários.


O vice-reitor da universidade afirmou que as mudanças na legislação extinguiram o cargo de vigia do quadro funcional das universidades federais. Segundo ele, isso agravou a crise da segurança na instituição. Tognini disse ainda que o Ministério da Educação (MEC) não repassa recursos suficientes para a segurança universidade. Segundo ele, o titular da pasta, Fernando Haddad, telefonou e se solidarizou com a situação da acadêmica violentada.

 

Violência

O vice-reitor afirmou que a universidade está dando toda a assistência à aluna atacada, que não tem família na cidade e é natural de São José do Rio Preto (SP). Ela foi atendida no Hospital Universitário, onde é acompanhada por uma assistente social e uma psicóloga da UFMS.

 

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