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Iodo radioativo foi descoberto num lençol d'água
situado a 15 metros sob a central nuclear acidentada de Fukushima, declarou na
noite desta quinta-feira o operador da usina, a Tokyo Electric Power (Tepco).
Uma mostra de água retirada na quarta-feira às 11h10 (23h10 de Brasília) sob o
reator 1 da central revelou uma taxa de 430 becqueréis por centímetro cúbico,
nível "10.000 vezes superior" à norma legal, precisou um porta-voz da
empresa. Becquerel é a unidade que mede o quanto de radioatividade ainda resta
nos materiais através do tempo.
"Não há nenhuma dúvida que se trata de uma
cifra elevada", destacou porta-voz. Ele não descarta, no entanto, a
possibilidade de que essa taxa seja revista na sexta-feira. O iodo 131 também
foi descoberto em grande quantidade na água do mar, perto da central Fukushima
Daiichi, onde a Tepco mediu nesta quinta-feira uma concentração de iodo
radioativo 4.385 vezes superior à norma legal.
Trata-se do nível mais importante desde o começo do
acidente na central de Fukushima, desencadeado por um terremoto de magnitude 9
seguido de tsunami que provocaram uma pane nos sistemas de resfriamento dos
reatores.
Para manter o combustível a uma temperatura inferior ao ponto de de derretimento das varetas de combustível, centenas de operários, bombeiros e soldados derramam dia e noite milhares de toneladas de água nos reatores. A consequência disto é que enormes quantidades de água contaminada se infiltram nas galerias subterrâneas e escorrem para o Oceano Pacífico.
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