O
mel está se consolidando como um dos produtos nacionais recordistas na pauta de
exportações. Estudo elaborado pela Unidade de Agronegócios (Uagro) do Sebrae,
com base em dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento da Indústria e
Comércio Exterior (Mdic), aponta que as vendas para o exterior do produto
totalizaram US$ 3,5 milhões em fevereiro, alta de 38% em relação a janeiro.
Outro
recorde foi referente ao volume exportado, que registrou incremento de 29%,
comparado com o mesmo período do ano anterior. O preço do mel também subiu e
atingiu a média nacional de US$ 3,28 ou R$ 6,12 o quilo. Em janeiro, esse valor
foi de R$ 5,54 o quilo.
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Nos últimos dois anos, o mel bate recorde sobre recorde. O preço não para de
subir. A média história do preço do mel, nos últimos 50 anos, é de US$ 1,5 o
quilo. A média dos últimos cinco anos atingiu US$ 2,2 o quilo – informa
Reginaldo Barroso de Resende, coordenador nacional de apicultura do Sebrae
(Rede Apis).
Nos
próximos meses, as exportações deverão manter o patamar atual, com preço
estabilizado na faixa de US$ 3,20 o quilo, de acordo com o coordenador. Se a
taxa de câmbio estivesse mais favorável, o setor ficaria mais satisfeito,
observa Resende.
Exportação
A
liderança das exportações continuou com São Paulo, responsável pela receita de
US$ 1,29 milhão. O segundo lugar ficou com o Rio Grande do Sul, com receita de
US$ 984 mil, seguido pelo Paraná (US$ 865 mil), Ceará (US$ 620 mil), Piauí (US$
418 mil), Santa Catarina (US$ 329 mil), Rio Grande do Norte (US$ 108 mil) e
Minas Gerais (US$ 68 mil).
Os maiores compradores externos do mel brasileiro foram Estados Unidos (56%), Alemanha (20%) e Reino Unido (9,8 %). Entre os três, a Alemanha pagou o melhor preço ou US$ 3,29 o quilo. O segundo melhor preço do produto foi pago pelo Canadá (US$ 3,55/kg), que gerou receita de US$ 215 mil. Compradores norte-americanos desembolsaram US$ 3,25 o quilo, e os ingleses, US$ 3,24 o quilo, pelo mel brasileiro no mês passado.