Continua após os destaques >>
Foto: Divulgação
A cidade de Andradina vem aumentando os
casos de conjuntivite nos últimos dias. A terra do rei do Gado enfrenta um surto da doença,
que vem se espalhando pelo estado de São Paulo.
O carnaval e a época do ano agravou um pouco a situação. Além das irritações ocasionadas pelo uso de muita maquiagem,
glitter e a temida espuma de Carnaval, essa época do ano é bastante propícia
para disseminação dessa e outras contaminações.
Existem três tipos de conjuntivite:
alérgica, provocada geralmente por uso de filtro solar na região dos olhos;
bacteriana, que provoca vermelhidão e coceira, além de uma secreção amarelada e
grudenta; e a viral, a mais comum e contagiosa, que provoca coceira,
vermelhidão e uma secreção aquosa. No caso da epidemia de São Paulo, os casos
foram associados à forma viral da doença.
Segundo Milton Ruiz Alves,
oftalmologista do HC e professor da USP, depois de instalado em um olho, o
vírus demora cerca de 48 horas para passar para o outro. Depois, o doente
transmite o vírus por cerca de dez dias.
Nos casos mais graves, a evolução é
lenta e pode demorar até três semanas para curar. Nos casos leves, o problema pode
regredir sozinho em dez dias.
O vírus sobrevive por várias horas na
superfície. Por isso, espaços públicos, como metrô, ônibus e escadas rolantes,
são potenciais locais de transmissão. "Imagine a pessoa que segura no
corrimão da escada rolante e leva a mão ao olho. Se o corrimão estiver
contaminado, certamente ela vai se infectar", diz Alves.
Segundo a oftalmologista Elisabeth
Nogueira Martins, da Unifesp, as pessoas não devem usar água boricada nem soro
fisiológico para fazer a compressa. "Eles aumentam o risco de irritação e
de contaminação, porque são embalagens grandes que não são descartadas na
hora."
Ao contrário do que ocorre com outras
doenças, como sarampo e catapora, a conjuntivite não garante imunidade para o
paciente. Como o vírus sofre mutações frequentes, a pessoa pode estar
contaminada, curar-se e voltar a se infectar.
Para o oftalmologista Milton Ruiz
Alves, do HC, a epidemia acontece porque faltam políticas de saúde pública
específicas para o problema. "Não há uma campanha de esclarecimento,
especialmente nessa época do ano, para mostrar às pessoas que a conjuntivite é
um problema sério e pode causar mais prejuízos, como diminuição da visão."
Destaques >>
Leia mais notícias em andravirtual
Curta nossa página no Facebook
Siga no Instagram