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O juiz Fábio Esteves, do Tribunal do
Júri de Brasília, decretou nesta quarta-feira (2), pela segunda vez, a prisão
preventiva do empresário de Araçatuba Nenê Constantino, um dos fundadores da
empresa aérea Gol e dono de uma empresa de ônibus na região. O
O juiz acatou pedido do Ministério
Público em relação ao processo que apura as responsabilidades de Constantino no
atentado à bala contra o ex-genro, Eduardo Queiroz. Diferentemente da ordem de
prisão expedida na segunda-feira, em regime domiciliar, nessa, o juiz determina
que ele cumpra a prisão em regime fechado.
O Ministério Público já havia pedido
ontem a prisão preventiva por entender que o empresário está atrapalhando o
andamento dos processos que correm contra ele na Justiça. Ele é acusado de ser
o mandante do atentado contra Queiroz, em 2008, e da morte do líder comunitário
Márcio Leonardo, em 2001.
O pedido de prisão preventiva foi
motivado após atentado contra João Marques, acusado de ser um dos pistoleiros
de Constantino. Ele é uma das testemunhas de acusação do empresário no caso do
ex-genro e levou três tiros na porta de sua casa há cerca de uma semana. O
pedido foi feito durante a tomada de depoimentos de testemunhas do assassinato
de Márcio Leonardo, no Tribunal do Júri de Taguatinga, cidade a 30 quilômetros
de Brasília.
Santos também é réu no caso envolvendo
Queiroz porque teria sido o autor dos disparos contra o ex-genro de
Constantino. De acordo com o MP, Nenê Constantino teria mandado matar o
pistoleiro como "queima de arquivo".
No decreto de prisão preventiva de
hoje, o juiz afirma que "não é a primeira vez que há indícios de que
Constantino incursiona-se no mundo do crime. O empresário responde a outras duas
ações penais por supostos crimes de homicídio, totalizando três vítimas. Os
processos se arrastam há mais de nove anos".
Para o magistrado, os documentos
juntados aos autos demonstram um verdadeiro atentado não só contra a vida da
testemunha, mas também à dignidade da Justiça. A defesa de Constantino já
adiantou que entrará com recurso contra a decisão.
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