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A
poluição do ar pode provocar mais ataques cardíacos do que o uso de cocaína,
segundo descoberta publicada nesta quinta-feira (24) no periódico médico The Lancet.
Fatores como stress, uso contínuo de maconha e infecções respiratórias também
podem provocar ataques no coração em diferentes graus, mas a poluição do ar,
especialmente para aqueles que estão expostos ao tráfego pesado de veículos, é
a principal culpada.
Segundo
o autor do estudo Tim Nawrot, da Universidade de Hasselt, na Bélgica, os
resultados sugerem que problemas como esse, que afetam a vida de toda a
população, devem ser levados mais à sério pelas autoridades. “Médicos costumam
olhar individualmente para os pacientes. Mas o fato de não apresentarem fatores
de risco não exclui a possibilidade de ataque cardíaco. Se esse é um fator
prevalente na população, a relevância para a saúde pública é maior”, disse
Nawrot.
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar é “um sério
risco ambiental para a saúde”. Estima-se que, em todo o mundo, ela seja
responsável por 2 milhões de mortes prematuras a cada ano.
Para
chegar aos resultados, o grupo de Nawrot combinou dados de 36 estudos
independentes e calculou o risco relativo de ataques cardíacos a partir de
vários fatores diferentes. A pesquisa mostrou que a maior taxa foi encontrada
entre as pessoas expostas ao tráfego intenso de veículos, seguida de excesso de
exercício físico, bebida alcoólica, café e de fatores como atividade sexual,
raiva, uso de cocaína, maconha e problemas respiratórios. Os pesquisadores
ressaltaram que fumantes passivos não foram incluídos no estudo.
“Entre
os possíveis desencadeadores de ataques no coração, a cocaína é a mais provável
para desencadear um evento em um indivíduo. A poluição do ar, porém, apresenta
um maior efeito em larga escala, já que mais pessoas estão expostas a ela”,
escreveram os pesquisadores.
Crianças
- Outro estudo, conduzido por pesquisadores de Taiwan e publicado no periódico
Pediatrics, também chama a atenção para os riscos da poluição atmosférica. De
acordo com o estudo, pequenas quantidades de poluentes como o ozônio e material
particulado (minúsculas partículas de fumaça produzida pelos automóveis)
reduzem a capacidade respiratória dos pulmões das crianças.
Segundo a pesquisa, mesmo um pequeno aumento dessas partículas no ar seria suficiente para reduzir em 0,16 litro a capacidade pulmonar de uma criança de 10 anos, cujo pulmão tem capacidade entre dois e três litros.
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